A partir desta terça-feira (20), pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) poderão ser operados por meio da cirurgia de videolaparoscopia na Santa Casa de Adamantina. O aparelho, que traz menos incisão e mais precisão, foi adquirido com recursos do Leilão de Gado e Nota Fiscal Paulista, no valor de R$ 148 mil.
Autoridades locais, equipe do hospital, comunidade religiosa e membros da sociedade participaram da cerimônia de apresentação do aparelho na manhã desta terça, que representa um avanço significativo na realização de procedimentos cirúrgicos em Adamantina.

“A medicina evolui a passos largos e, nos dias de hoje, já temos diversas formas de diagnóstico e tratamento que eram simplesmente impensáveis há alguns anos. E, definitivamente, um dos avanços que potencializou os resultados de diversas operações e tornou outros procedimentos possíveis foi a videocirurgia”, pontua Frei Mateus Alves, administrador da Santa Casa local.
Segundo ele, a videocirurgia – também chamada de videolaparoscopia – é uma técnica operatória que faz o uso de microcâmeras durante os procedimentos para que o médico possa visualizar o interior do organismo do paciente. Em geral, o procedimento demanda incisões (cortes) muito menores do que os processos tradicionais, não ultrapassando um centímetro, na maioria dos casos.
“Desde os primeiros estudos com a videolaparoscopia, as vantagens do método foram bastante evidentes, tornando o uso das microcâmeras o padrão ouro nas mais diversas áreas da medicina. Neste contexto, a destreza dos cirurgiões ganhou uma camada tecnológica que permite reproduzir os movimentos humanos com mais precisão”, destaca Frei Mateus.

Uma das vantagens da técnica é possibilitar ao cirurgião ver o organismo com mais clareza e nitidez. “Como o equipamento é dotado por câmeras, isso torna possível ampliar a imagem, permitindo ter um melhor entendimento de toda a situação do paciente”, explica o administrador da Santa Casa.
Como os cortes são muito menores e a visualização do cirurgião se torna mais clara, o número de intercorrências na cirurgia tende a ser bastante minimizado. “O menor contato com o meio externo, por exemplo, reduz a possibilidade de o operado contrair uma infecção hospitalar”, diz Frei Mateus. “Como também há menos sangramento durante o procedimento, o organismo fica mais propenso e capaz de se recuperar, tornando o pós-operatório mais rápido”.
Na região é o segundo aparelho a fazer cirurgia via Sistema Único de Saúde: “poucos hospitais possuem essa tecnologia a serviço do SUS”, finaliza Frei Mateus.
