A população de Adamantina foi formada pela chegada de várias etnias de imigrantes a partir de 1939, quando os loteamentos foram iniciados. Os japoneses foram um desses povos, e sua história não ficaria registrada se não fosse a doação de um lote de terreno pela família de Ithy Endo, em 1950.
O terreno permitiu a união dos imigrantes e seus filhos, através da prática de esportes, gincanas, e atividades sociais, e ali se formou oficialmente a Associação Cultural Recreativa e Esportiva de Adamantina – Acrea, em 1959.
Além das atividades culturais, esportivas e de lazer oferecidas ao Município, a Acrea se destaca por ser um elo de ligação da cidade com o governo do Japão e com a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo). Por exemplo, foi pelo trabalho da Acrea que o Lar dos Velhos recebeu R$ 216 mil para construção de dormitórios coletivos do projeto social do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, em 2015.
Dois anos depois, a JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão enviou um voluntário, Taro Miyazaki, para prestar serviços por dois anos na área esportiva. Em 2018, o engenheiro Willian Endo Borin, participou de intercâmbio na área de cooperação e geração de negócios na agricultura, através da CKC, outra entidade japonesa.
Este ano, a Acrea conseguiu trazer o seminário Bunkyo Rural para a cidade de Adamantina, em parceria com o Bunkyo, e o jovem César Fumio Yamamura estará viajando ao Japão através da JICA, para estudar a gestão de empreendimentos sociais através de organizações nikkeis.
Atualmente, a entidade é presidida pela professora Noriko Onishi Saito e pelo vice-presidente Yuske Miyamura. Conta com 160 famílias cadastradas, com um total de 600 associados em vários departamentos: karaokê, senhoras, dança de palco, dança de salão, beisebol, gateball e atletismo. Graças à expansão cafeeira na região, já houve uma época em que os japoneses estavam em maior número e se dedicavam principalmente à agricultura, mas a Acrea não se esqueceu das 21 famílias de pioneiros que ainda moram na região, prestando uma justa homenagem no Bunkyo Rural.