Com superávit de 15.37%, Adamantina é 43ª cidade no Estado em índice do Tribunal de Contas

Na microrregião de Adamantina, apenas Parapuã recolheu acima do Orçamento aprovado pela Câmara Municipal no último ano

Dados divulgados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), no último dia 8, apontam que 61% das prefeituras paulistas arrecadaram menos que o previsto em 2019. Na microrregião de Adamantina, apenas Parapuã recolheu acima do Orçamento aprovado pela Câmara Municipal no último ano.

Flora Rica é a cidade que apresenta maior discrepância entre a arrecadação alcançada e aquela prevista na microrregião, seguido Pacaembu e Irapuru – três municípios vizinhos que ficam entre os dois principais polos econômicos da Nova Alta Paulista: Adamantina e Dracena.

O arrecadado também ficou abaixo do programado em Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Lucélia, Mariápolis, Osvaldo Cruz, Rinópolis e Salmourão. Não consta dados de Sagres no portal do TCE.

Em Adamantina houve recolhimento de R$ 124.835.162,63 ante uma previsão de R$ 126.903.289,15. Mesmo com arrecadação 1,63% menor, os números são considerados positivos devido gestão consciente dos recursos, já que nos oito primeiros meses do ano a cidade apresentou superávit de 15.37%, ou seja, arrecadou mais do que gastou no período.

Segundo dados da Secretaria de Finanças, a despesa liquida acumulada foi de R$ 105.651.800,12, deixando o Município em 43ª posição no Estado entre os que apresentaram superávit nas contas – o primeiro na microrregião. Se considerar apenas os dados da Prefeitura, excluindo o saldo apresentado pela UniFAI (Centro Universitário de Adamantina), o resultado também é satisfatório, com superávit de 5,50%.

Neste período, a Prefeitura informa que cumpriu a legislação que regula a utilização dos recursos públicos, sendo investido 26,09% das receitas no ensino (exigido: 25%) e 23,81% na saúde (exigido: 15%). Os gastos com pessoal ficaram em 48,51%, aponta relatório da Secretaria de Finanças do Município.

ESTADO

Além das 396 das cidades que arrecadaram menos entre janeiro e agosto, 173 arrecadaram o previsto ou acima da previsão e 75 não informaram suas arrecadações à Corte de Contas. Apenas a capital paulista não possui as suas contas analisadas anualmente pelo TCE. No caso da capital paulista, essa análise cabe, legalmente, ao Tribunal de Contas do Município.

Ao portal G1, o conselheiro Antônio Roque Citadini relatou que há uma grande preocupação do órgão com relação à situação fiscal das cidades do Estado. “É preocupante. E mais do que isso: se os municípios não reagirem, a arrecadação de vários deles não crescer ao longo dos próximos meses, vários correm o risco de terem as suas contas rejeitadas”.

Para Confederação Nacional dos Municípios é preciso “corrigir os desequilíbrios na federação brasileira”. “A realidade vivenciada pelos Municípios de São Paulo reflete a crise econômica pela qual passa o país e que só será superada se realizadas reformas que englobem todos os Entes da Federação, com destaque para a previdenciária, a tributária e a política. Os dados do TCE mostram que é urgente corrigir os desiquilíbrios existentes na Federação brasileira”. Com informações do TCE e portal G1

VARIAÇÃO ENTRE O ARRECADADO E O PREVISTO

Adamantina                -1,63%

Flora Rica                    -24,00%

Flórida Paulista           -6,08%

Inúbia Paulista            -12,45%

Irapuru                        -13,33%

Lucélia                        -1,32%

Mariápolis                  -8,88%

Osvaldo Cruz              -1,94%

Pacaembu                   -13,88%

Parapuã                      1,24%

Pracinha                     -2,06%

Rinópolis                     -5,87%

Sagres                         ——

Salmourão                  -6,98

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