Entidades se mobilizam para combater violência doméstica em Adamantina

Na quarta-feira (11), o Poder Judiciário de Adamantina, a Polícia Civil, Ministério Público e OAB promoveram encontro com intuito de orientar mulheres sobre os direitos garantidos pela legislação

Promotor de Justiça, Marlon Roberth de Sales, juíza Ruth Duarte Menegatti, delegada Patrícia Tranche Vasques e advogadas e membros da Comissão da Mulher da OAB, Tânia Regina Corveloni e Isabela Alencar de Castro (Foto: João Vinícius | Grupo IMPACTO)

Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em setembro, apontou que uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil a cada dois minutos. Por dia, 180 são vítimas de estupro. Por conta disso, é um consenso entre juízes, promotores e defensores públicos a importância da denúncia.

Na quarta-feira (11), o Poder Judiciário de Adamantina, a Polícia Civil, Ministério Público e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) promoveram encontro com intuito de orientar mulheres sobre os direitos garantidos pela legislação, entre eles a lei 11.340/2006, conhecida como Maria da Penha.

Em bate-papo realizado na sede da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), vítimas de agressões receberam informações do projeto que ressalta a essência do período natalino. “O ‘Natal feliz sem violência’ quer trazer uma mensagem de esperança. Podemos sim, mas devemos depositar a mudança em nós mesmas”, afirma a delegada Patrícia Tranche Vasques.

A ideia da palestra partiu de uma iniciativa similar desenvolvida pelo Poder Judiciário e o Ministério Público em Pacaembu. Lá, encontros foram realizados de agosto a dezembro visando dar suporte, para homens e mulheres, para construção de novos caminhos. “Estas ações são importantes para uma aproximação e para que novos modelos sejam construídos no sentido de que a questão seja mais resolutiva”, pontua a juíza de Direito, Ruth Duarte Menegatti.

Em Adamantina atividades educativas foram realizadas, no mesmo período, com os alunos da escola Eurico Leite de Moraes. Professores foram capacitados pelo projeto, coordenado pela psicóloga Denise Alves Freire, e desenvolveram ações que buscam promover a igualdade entre homens e mulheres a partir de materiais e brinquedos lúdicos.

“Aqui já temos um projeto educacional e a nossa intenção é reproduzir a ação reparadora”, pontua a magistrada, que destaca uma das formas de empoderamento feminino, a profissão, que pode auxiliar neste processo de reconstrução.

Um mapa profissional foi utilizado para ampliar os horizontes. “Idealizamos profissões perfeitas, trabalhos perfeitos, lugares para trabalhar perfeitos e criamos um mundo irreal projetado em nossa mente. Como jamais alcançaremos nossos sonhos irreais, nos frustramos a cada troca de trabalho. Projetar no lugar, no chefe, na empresa algo que não encontraremos, nos tira a força de mudarmos o único lugar que é possível uma mudança real: o nosso ambiente interno”, diz dra. Ruth.

O promotor de Justiça, Marlon Robert de Sales, pontua que na primeira ameaça as mulheres devem procurar as autoridades para que não se torne um ciclo de violência. “O Ministério Público tem condições de buscar algo melhor, estamos ao lado das senhoras. Coloco-me a disposição, para procurar uma solução para que haja um Natal sem violência”, ressaltando, ainda, que o empoderamento profissional pode auxiliar na saída deste ciclo. “Como homem digo que o agressor é culpado e covarde, e merece sim ser processado. A mulher é vítima”.

ENTIDADES PARA AUXÍLIO ÀS MULHERES

OAB Adamantina – assessoria jurídica

De segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30

Ministério Público

Atendimento no Fórum local

Delegacia de Defesa da Mulher

Alameda Santa Cruz, 1171

Conteúdo anteriorFuncionários do Banco do Brasil e voluntários se unem para arrecadar fraldas geriátricas
Próximo conteúdoAdamantina avança no desafio para se transformar em polo regional de saúde