Em 1940 nasce o que foi chamado por “O indomável”, pelo New York Times, o pianista e maestro João Carlos Gandra da Silva Martins. Reconhecido e homenageado mundialmente por suas interpretações e composições, possui uma história de filme, “João, O Maestro”, e até peça de teatro. O que ele superou? Como a tecnologia pode renascer uma pessoa?
A LUTA: DE INÍCIO AO FIM
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O João Carlos começou lutando muito cedo em sua vida. Com apenas cinco anos, realizou operações para retirar um tumor benigno de seu pescoço, malsucedida a cirurgia, ele voltou aos centros médicos realiza-la aos oito anos de idade.
Dentro dessa inicial trajetória, João já tinha ganhado um piano de seu Pai, também pianista, ele iniciou sua carreira aos treze anos e aos dezoito já bateu asas para o exterior.
Com 20 anos, o nosso maestro, já era considerado mundialmente o melhor interprete de Bach (1685 – 1750) de sua geração.
Porém o pianista lutou mais do que imagina. Em 1965, foi convidado para jogar futebol pela equipe Portuguesa, em jogo treino. Um “pequeno acidente” provocou atrofia em três dedos de sua mão, deixando-o sem tocar seu piano por um ano.
Sofreu um triste assalto na Bulgária, o maestro foi golpeado na cabeça por uma barra de ferro, comprometendo seriamente o seu braço direito.
Após o ocorrido, Martins obteve a energia para gravar o álbum “Só para mão Esquerda”. Porém, antes de completar as metas de 8 álbuns com essa temática, foi descoberto um tumor em sua mão esquerda.
Aos 63 anos, escutou de seu médico que jamais voltaria a tocar piano.
A LUVA BIÔNICA
O designer industrial, Ubiratã Bizarro Costa, de 55 anos, é o responsável pelo renascimento do aclamado pianista brasileiro.
Após 21 anos sem colocar todos os dedos no teclado e sofrendo dores ao tocar com os seus polegares, a criação de Ubiratã, A Luva Biônica, possibilita ao Maestro João voltar aos palcos com o seu piano, aos seus oitenta anos de idade.
João Carlos até conta que dorme com a Luva. Está em uma intensa relação e após vinte e um anos sem disfrutar totalmente do piano, ele volta ao treinamento.
“As luvas vão amoldas as mãos ao cérebro com o tempo. Em breve, vou tocar de novo o concerto de Bach em ré menor.”
O HOMEM E A TECNOLOGIA
Filmes futuristas possuem a capacidade de gerar a curiosidade, a intriga e até mesmo o medo. A cidade de Dubai tem a primeira cidadã robótica (inteligência artificial) reconhecida, o país japonês é legal casar-se com uma personagem 2D.
Queremos uma tecnologia superior a nós, humanos, ou uma tecnologia capaz de fechar cicatrizes e eliminar sequelas, como o caso de nosso pianista João Carlos Gandra da Silva Martins?