As principais cidades da Nova Alta Paulista, a exemplo de outras no estado de São Paulo, decretaram nesta sexta-feira (20), o fechamento de praticamente toda atividade comercial para no mínimo os próximos 15 dias, a contar a partir de domingo (22), no caso de Adamantina.
Os anúncios trouxeram grande preocupação entre as classes empresarial e de funcionários, que dependem dos negócios para sobrevivência. Os decretos, diferentes em cada município, também geraram dúvidas sobre o que é ou não permitido.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista), Sérgio Vanderlei, participou dos bastidores das decisões em Adamantina e Dracena. A posição da entidade era a de que a suspensão das atividades comerciais não fosse concretizada, pois, micro e pequenas empresas dependem do fluxo de caixa diário para a sobrevivência e a manutenção dos empregos.
“Grande parte das empresas não aguenta ficar este tempo fechadas, o que representará em falência e demissão em massa”, ressalta Sérgio Vanderlei. “Mas é completamente entendível a preocupação dos prefeitos e suas decisões, uma vez que estão temerosos com a proliferação da doença e o colapso no serviço público de saúde”.
Para o presidente do Sincomercio, o Poder Público está fazendo a parte dele, principalmente depois das recomendações da Promotoria Pública e de ouvir os entes envolvidos com a questão. “Cabe a todos agora, enquanto empresários, funcionários e cidadãos, também fazer a sua parte. É temeroso sim, mas precisamos neste momento conter a doença, para lá na frente ver o que poderemos fazer para salvar as empresas. Os Governos, os bancos e as entidades sólidas deverão estender a mão para socorrer cada empresa atingida por esta crise”.
Sobre o decreto do Executivo em Adamantina, ficam proibidas as atividades em todos os estabelecimentos comerciais, com exceção de farmácias; supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, quitandas, padarias; lojas de conveniência devem funcionar exclusivamente para venda de mercadorias – sem aglomeração; lojas de venda de alimentação para animais; distribuidores de gás; lojas de venda de água mineral; postos de combustível, e; outros que vierem a ser definidos caso necessário. Veja o decreto completo aqui.
O serviço de entrega e delivery, grande dúvida no decreto entre os empresários, fica permitido apenas para serviços essenciais, como entrega de comida e remédios.
“O trabalho interno está permitido, mas cada empresário precisa ter na sua consciência até onde é válido colocar em risco a própria vida, a vida de funcionários e a de clientes. Ter fé neste momento é primordial e, na medida do possível, o equilíbrio emocional. Juntos, iremos encontrar uma saída”.