Com o surto do coronavírus tomando proporções cada vez maiores, o efeito de pânico que se instalou ao redor do mundo está chegando ao Brasil, e consequentemente em Adamantina. A pandemia e o decreto de emergência da saúde pública provocaram corre-corre para garantir o abastecimento.
No dia a dia da população adamantinense, um sinal claro de medo da doença é a imagem de famílias estocando comida – mesmo que não haja crise real de fornecimento. Os supermercados do Município começam a sentir os efeitos de uma alta na demanda.
Segundo o gerente de um supermercado de rede, as vendas dobraram na última semana em relação ao mesmo período do ano passado. Os itens mais procurados, segundo o administrador, são o álcool em gel, produtos da cesta básica e de higiene e limpeza, como papel higiênico.
Em relação ao álcool em gel, a venda no estabelecimento está limitada a um frasco por cliente. O preço varia de R$ 13 a 18, dependendo da marca e gramatura.
O gerente garante que mesmo com as vendas elevadas os produtos que estão com venda superior a normalidade são repostos diariamente.
Outros dois supermercados consultados pelo IMPACTO informaram que o álcool em gel está em falta nas prateleiras há alguns dias. Os supermercadistas disseram que não estão encontrando o produto nas distribuidoras. Segundo os administradores, produtos da cesta básica e higiene pessoal também tiveram alta expressiva nos últimos dias.
Os três supermercados consultados pelo IMPACTO informaram que não houve alteração no horário de funcionamento.
APAS
A Apas (Associação Paulista de Supermercados) pontuou, em nota, que os supermercados estão com os estoques normalizados, sendo que toda a cadeia de abastecimento está operando com regularidade, indústria e transportes.
O presidente da entidade, Ronaldo dos Santos, disse que a Associação está mapeando diariamente a cadeia produtiva e que a indústria, até o presente momento, está recebendo pedidos dos supermercados e realizando as entregas. “Pode haver falta pontual de alguns produtos em função do tempo de reposição, quando o supermercado, por exemplo, trabalha com estoques ajustados ao movimento rotineiro”, informou. Por isso, a Apas reitera que as pessoas realizem o consumo consciente, pensando na coletividade.
ABRAS
Na mesma linha da Apas, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) também se pronunciou por meio de nota. “Não há risco de falta de alimentos nas lojas. O setor supermercadista brasileiro opera com normalidade. Portanto, a população não precisa se preocupar, os supermercados estão preparados, inclusive, para aumentar o abastecimento, caso necessário, como já acontece em datas sazonais. A Abras está atuando, por meio de um comitê, na análise do avanço do coronavírus no Brasil e na elaboração de ações de comunicação que possam conscientizar a população sobre a importância da prevenção dentro e fora das lojas, conforme orientação do Ministério da Saúde. A entidade também está em contato com a indústria para garantir a normalidade do abastecimento com segurança para a população”, completa a nota.