Inúmeras pessoas pelas ruas a qualquer hora do dia e até da noite. Supermercados abarrotados de gente. E filas gigantescas em lotéricas e bancos. São exemplos de que o pedido de isolamento social feito pelas autoridades não vem sendo respeitado, principalmente por aqueles acima dos 60 anos de idade, considerados dentro do grupo de risco.
E quem está pagando o maior preço por esta determinação de isolamento é o setor do comércio varejista e de serviços. Pequenas e médias empresas, além de microempreendedores individuais, que somados representam mais de 1.500 CNPJ´s e cerca de cinco mil empregos diretos só em Adamantina estão proibidos de exercerem suas atividades por decretos municipal e estadual desde o dia 21 de março.
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Em sua maioria absoluta são empresários e profissionais que dependem do fluxo diário de caixa para honrar com suas obrigações, como fornecedores, folha de pagamento, impostos e despesas fixas (aluguel, telefone, água, luz, internet e outros). Sem uma reserva, ou capital de giro, o temor de falência e demissão em massa é eminente.
“Hoje o custo desta paralização está em cima unicamente do setor de comércio varejista e serviços”, aponta o presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista), Sérgio Vanderlei. “Estamos há 15 dias parados e chegamos no limite. Muitos irão falir e demitir. Precisamos achar uma alternativa viável, para que a economia volte a funcionar mesmo gradativamente, sempre nos atentando às questões de saúde e a salvar vidas diante da pandemia”.
Os decretos municipal e estadual vencem domingo (5) e terça-feira (7), respectivamente. Ainda não se sabe qual o direcionamento que as autoridades irão tomar depois deste período.
Segundo Sérgio Vanderlei, uma das alternativas seria a liberação de mais atividades e o atendimento presencial e com agendamento, mesmo com portas fechadas, como ocorreu em Adamantina na segunda-feira (27).