Adamantina segue decreto do Governo Doria sem atender reivindicações do comércio

Prefeitura também prorroga período de quarentena até 22 de abril em Adamantina

Comércio local permanecerá fechado por mais 15 dias (Foto: Gustavo Castellon | Grupo IMPACTO)

O governo do Estado de São Paulo estendeu a quarentena de combate ao avanço do coronavirus por mais 15 dias. Com isso, o período de reclusão no território paulista, cujo término estava previsto para a terça-feira (7), foi prorrogado até 22 de abril.

Seguindo a determinação do governo estadual, a Prefeitura de Adamantina publicou novo decreto estendendo também o prazo e prometendo endurecendo ainda mais as regras de isolamento e distanciamento social, principalmente em bancos, lotéricas e supermercados.

Embora reconheça os fundamentos da medida, o Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista) tentou nos bastidores sensibilizar as autoridades para que algumas regras fossem flexibilizadas, como por exemplo, a permissão de atendimento presencial por agendamento e com as portas fechadas em pequenas empresas, incluindo lojas, salões de beleza, barbearias, pet´s e outros.

“É notório na cidade que as regras impostas beneficiam alguns segmentos em detrimento de outros”, ressalta o presidente do Sincomercio, Sérgio Vanderlei. “Enquanto vemos movimento de pessoas nas ruas, grandes filas e o desrespeito ao distanciamento social em bancos, lotéricas e supermercados, as pequenas empresas estão injustamente impedidas de trabalhar”.

A entidade representativa do comércio de bens e serviços solicita que os governos apresentem, urgentemente e de forma clara, um plano estratégico para o setor, afetado sobremaneira em função da restrição de atendimento ao público. Só em Adamantina são cerca de 1.500 empresas que geram aproximadamente 5 mil empregos diretos.

“Precisamos de respostas para atenuar o impacto financeiro desse cenário adverso sobre as empresas, inclusive como forma de preservar os empregos”, disse. “Paralelamente às ações de saúde é dever do Poder Público, principalmente dos governos Estadual e Federal, dar suporte aos pequenos negócios, cujas condições financeiras são bastante limitadas, em função das dificuldades que o enfrentamento da pandemia impõe”.

AÇÕES

O presidente do Sincomércio orienta aos empresários para que não adiem tomadas de decisões importantes para a sobrevivência dos negócios. Suspensão temporária dos contratos de trabalho, redução da jornada e dos salários e, até mesmo demissões, devem ocorrer nos próximos dias.

“Mais de 90% dos empregos em Adamantina estão no setor de comércio e serviços e infelizmente teremos consequências desastrosas, pois, mais uma vez as respostas do Poder Público para o setor são demoradas ou insuficientes”.

Para as autoridades, Sérgio faz um apelo: “É preciso no mínimo aprimorar essa equação entre confinamento e a paralisação das atividades humanas, porque os efeitos colaterais do combate à epidemia também vão custar vidas e esse custo está sendo gerado agora”.

 

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