Impressionantemente o Brasil conseguiu gerar crises combinadas: sanitária, política e econômica. Nossa nação tornou-se sinônimo de instabilidade, adjetivo esse que era utilizado para descrever nossos vizinhos, como a Argentina. Agora com a deixa de Sérgio Moro, troca de acusações e aberturas de inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal), como o Bolsonarismo irá se sustentar? Moro seria um novo rival político? Quem está falando a verdade?
FATOS NA MESA
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O ex-juiz e ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou sua demissão na manhã desta sexta-feira (24).
Com o seu discurso com mais de trinta minutos, ele acentua muitos pontos: “É certo que o governo da época (PT) tinha inúmeros defeitos mas foi fundamental a manutenção da autonomia da PF (Polícia Federal)”.
A motivação de Moro para deixar o cargo foi a exoneração do Diretor-geral da PF, Maurício Valeixo.
“Mas por que trocar? E permitir que seja feita a interferência política no âmbito da polícia federal. O presidente me disse mais de uma vez que queria ter uma pessoa da confiança pessoal dele, que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência. Seja diretor, seja superintendente. E não é o papel da polícia federal prestar esse tipo de informação”, comentou Moro.
Após esse discurso de demissão as 11h por Sérgio, Jair Bolsonaro entrou no mesmo dia, com a resposta e com as suas justificativas as 17h.
Certamente foi o discurso mais confuso, sem pé nem cabeça e polêmico da história da República: “Falava-se em interferência minha na Polícia Federal. Oras bolas, se eu posso trocar um ministro, porque eu não posso, de acordo com a lei, trocar o diretor da PF? Eu não tenho que pedir autorização para ninguém, para trocar o diretor ou qualquer um outro que esteja na pirâmide hierárquica do Poder Executivo” – defendeu Bolsonaro.
“No dia de ontem, eu conversei com o senhor Sérgio Moro. Só eu e ele, como na maioria das vezes em nossas conversas. Eu sempre abri o coração para ele. Eu já duvido se ele sempre abriu o coração para mim” – citação de Jair que virou “meme” nas redes sociais.
O DONO DA VERDADE?
Uma pesquisa do Instituto Datafolha, publicada na segunda-feira (27) pelo site do Jornal “Folha de São Paulo”, fez essa pergunta sobre a troca de acusações ocorrida na última sexta-feira (24), quando o ex-juiz da Lava Jato se demitiu do Ministério da Justiça.
O Datafolha ouviu 1.503 pessoas por telefone, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Na troca de acusações, quem falou mais a verdade?
Jair Bolsonaro: 20%.
Sérgio Moro: 52%.
Os dois: 3%.
Nenhum dos dois: 6%.
Não sabe: 19%.
“FRAQUEJADA” NO APOIO POLÍTICO!
Sérgio Moro com o seu trabalho na Lava Jato ganhou inúmeros apoiadores, deu a cara como combatente da corrupção, imparcial e independente, apesar de ser uma figura controversa. Com a sua deixa o Governo perde aliados e ganha um novo rival político.
INQUÉRITOS ABERTOS!
Após essa cena histórica política o Ministro do STF, Celso de Mello, autorizou a abertura de um inquérito para investigar as declarações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. É esperar para ver!