No Brasil o consumo de vinho em geral é baixo, dos rosados (ou rosé), ainda mais. Temos certo preconceito com os rosados, todavia, em muitas ocasiões, inclusive no inverno, eles podem ser uma opção charmosa e deliciosa, também quanto ao custo, já que encontramos rosés de qualidade a preços acessíveis.
Importante observar que não existem uvas rosés, por isso, os rosados são feitos com uvas vermelhas, as mesmas usadas para a produção dos tintos.
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De modo simples podemos dizer que o processo de vinificação é um misto da maneira de fazer o branco e o tinto, iniciando-se com o mesmo processo do vinho tinto, cuidando-se, contudo, para que a maceração (contato com as cascas) não seja muito longa, estendendo-se somente até que se atinja a coloração desejada.
Também é possível produzir rosé a partir da mistura de vinhos brancos e tintos, mas essa técnica resulta em vinhos menos interessantes, além de ser de difícil manejo, fora que em alguns países e em algumas regiões essa técnica é proibida.
Os rosados apresentam colorações distintas, mais discretas, como da cor de casca de cebola, ou mais escuros, como de tons de groselhas. Essa diferença de cor depende do processo de elaboração, de acordo com o período que as cascas das uvas passam em contato com o suco e é uma decisão do enólogo. Quanto mais escuro o vinho, maior foi o contato. No paladar os vinhos rosés variam de seco a doce.
Os vinhos mais claros, por serem mais suaves, combinam bem com frutos do mar, peixes leves e saladas e os mais escuros, com mais corpo, podem acompanhar perfeitamente carne de porco, massas e carnes grelhadas. Os rosés também são uma boa pedida para acompanhar pratos da cozinha japonesa. Pizzas de atum, aliche e frango com catupiry também se portam muito bem quando escoltados pelos rosados.
Os principais países produtores de rosés são a França, Itália, Estados Unidos e Espanha. Os rosés da França são secos e provenientes principalmente de Provence e Languedoc-Roussillon. O vinho típico é um blend produzido com as uvas Grenache e Syrah. Na Itália temos o Rosato, elaborado com uvas nativas do país. O novo mundo e o Brasil também produzem bons vinhos rosados.
O destaque da coluna é para o vinho Garofoli Komaros Marche IGT Rosato 2018, italiano, produzido com a uva Montepulciano. A forma de vinificação resultou em um vinho de cor suave, com notas de cereja e morango, com bom frescor e acidez, indicado como aperitivo ou para acompanhar massas leves, peixes ou embutidos. Tem bom preço no site da Grand Cru, R$ 55,93.