Donos de academias de Adamantina se reuniram, na terça-feira (30), para debater proposta que pede validação de regulamentação federal na cidade. O ramo está paralisado desde o fim de março, sem previsão de volta.
Os empresários utilizam como base o Decreto Federal nº 10.344, de 11 de maio de 2020, que colocou as academias na lista de serviços considerados essenciais durante a pandemia do novo coronavírus – porém, a medida não foi seguida pelo Governo do Estado e nem pela Prefeitura de Adamantina.
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Outras argumentações, segundo os profissionais do ramo, são de que as academias são ambientes que promovem a saúde e o sistema imunológico, sendo também fortes geradoras de emprego.
“Sabemos da seriedade que precisamos ter mediante a pandemia e entendemos que os Decretos Executivos devem ser acatados, porém, ao se tratar de serviços essenciais, temos valores a isso também. Muitos de nossos alunos falam o quanto faz falta treinar, o peso aumentando, autoestima baixa e muitos que precisam fazer fortalecimento seguindo recomendações médicas, então, temos valor sim, a saúde”, completam.
Na reunião os profissionais enfatizaram que seguirão os protocolos definidos pelo Cref (Conselho Regional de Educação Física), que seguem as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
“Apresentaremos uma alternativa para o retorno, com segurança, das atividades. Também está sendo elaborando a proposta jurídica, com base nos critérios de saúde, para o retorno que será apresentada ao prefeito Márcio Cardim (DEM). Esperamos uma sensibilização do Poder Executivo”, dizem os donos de academia, que também questionam a fiscalização rigorosa envolvendo o setor. “Não podemos nem abrir uma porta para adentra no estabelecimento a fim de serviços de manutenção, contabilidade, que já somos fiscalizados”, pontuam.
“Seguiremos todas as medidas de distanciamento, higiene, restrições no número de alunos por hora/aula e capacidade de atendimento, dentre outros protocolos visando garantir a segurança dos usuários. Vários de nós estávamos atendendo, como muitos já sabem e não tem como esconder, mas, isso nem chega perto do tanto de alunos que pararam e preferiram aguardar, é irrisório os que estavam sendo atendidos. Precisamos trabalhar, pois como vários outros comerciantes, temos que pagar as contas que não pararam e por comida na mesa”, complementam.