As cidades de Adamantina e Osvaldo Cruz buscam alternativas para reabertura do comércio, um dos setores mais afetados pela quarentena causada pela pandemia de Covid-19. Em abril e maio, os dois municípios registraram mais demissões do que contratações, segundo levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado na segunda-feira (29).
Os dados do Ministério da Economia apontam que os setores do comércio e serviços tiveram participações efetivas no aumento das demissões.
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Dos 690 desligamentos no período em Adamantina, 366 foram nestes segmentos, contribuindo para o saldo de menos 234 postos de trabalho na cidade. Osvaldo Cruz fechou 208 vagas nos meses de abril e maio – 135 apenas no comércio e serviços.
Com este panorama, as prefeituras buscam sensibilizar o Poder Judiciário visando a flexibilização das economias locais.
ADAMANTINA
Após período com as portas abertas, mesmo com rebaixamento dos municípios pertencentes ao DRS de Marília (Departamento Regional de Saúde) para fase vermelha pelo Governo do Estado, o comércio trabalha agora com sistemas delivery e drive-thru para manter as atividades.
Desde quarta-feira (1º), o Município aderiu a fase mais restritiva após batalha na Justiça. Depois de conseguir reconsideração do Judiciário local, que autorizou flexibilização permitida pela fase laranja (na qual a cidade estava inserida anteriormente), o TJ/SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) suspendeu a maleabilidade, fechando as portas novamente do comércio, concessionárias e escritórios.
Na terça-feira (30), no mesmo dia que foi notificada oficialmente da medida, a Prefeitura informou que a Procuradoria Geral do Município recorrerá da decisão.
OSVALDO CRUZ
Osvaldo Cruz também pedirá reconsideração do Poder Judiciário visando a reabertura dos estabelecimentos comerciais.
O pedido deve contar com manifestações das entidades do comércio e dados referente a situação de saúde do Município, como a quantidade de casos, a estrutura disponível e as ações municipais para controle da doença. A Aceoc (Associação Comercial e Empresarial) e o Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista de Osvaldo Cruz) reuniram 500 assinaturas de comerciantes em apoio a solicitação.
“Não é nova ação, mas um documento que pretende sensibilizar para uma flexibilização do comércio local”, explica o prefeito de Osvaldo Cruz, Edmar Mazucato.