Ao longo destes 25 anos de história, o curso de Direito do Centro Universitário de Adamantina (UniFAI) tem aberto portas para a transformação de vidas que, em suas carreiras profissionais, também têm ajudado a transformar outras vidas.
O adamantinense Tiago Vinicius Rufino Martinho, que ingressou no curso de Direito das então Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) no ano de 2003 e concluiu em 2007, atualmente é advogado em Três Lagoas (MS) desde 2009 e exerce também as funções de secretário geral da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas de Mato Grosso do Sul (Abracrim-MS) e vice-presidente da 2ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Três Lagoas. Mas o início foi bem diferente.
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“O fato de a faculdade ser em Adamantina ajudou muito, pois trabalhei em todo o período da faculdade, e não possuía também condições econômicas de estudar em grandes centros. Também me utilizei de financiamento estudantil para poder arcar com os custos de meus estudos. Como muitos da minha turma, tinha dificuldades econômicas para poder cursar o Ensino Superior “, contou Tiago Martinho.
Ele dividia o tempo entre os estudos e o trabalho, para conseguir arcar com as despesas da graduação. “No período do curso, fui vendedor e estagiário, até completar 18 anos e ser aprovado em um concurso do município de Adamantina para o cargo de inspetor de alunos, no qual permaneci por uns seis a oito meses, trabalhando na Escola Municipal [Prof.ª] Teruyo Kikuta, até ser convocado para o cargo de agente penitenciário, tomando posse no ano de 2004, e permanecendo até pedir exoneração para exercer a advocacia”, revelou.
Apesar das dificuldades iniciais, o foco sempre se manteve na ampliação dos conhecimentos. “O curso de Direito na UniFAI deu uma importante e sólida base para a definição da minha carreira, permitindo uma visão crítica do funcionamento da sociedade e suas instituições. Depois de formado, busquei também cursos de extensão e especialização”, pontuou.
E as experiências adquiridas durante o curso de Direito da UniFAI ajudaram a ampliar os horizontes. “Cada um dos professores que tivemos nos trouxe excelentes lições. Destaco alguns, como os professores Roldão [Simione], Igor [Terraz Pinto], Maria Cristina [Dias], Luciana, Sidnei [Alzidio Pinto], Mauri [Buzinaro], [Marcelo] Moura, Fernanda [Stefani Butarelo], [Carlos Augusto de Almeida] Troncon, Celso, cada um deles com grande importância. Lembro-me das aulas de ciência política do Professor Gilson, e como ele fazia com que compreendêssemos pensadores como [Nicolau] Maquiavel, [George] Orwell, [Jean-Jacques] Rousseau, [John] Locke, com uma didática sensacional. O professor Franco, de Filosofia, que nos dizia ‘se conseguir despertar em cada um de vocês o senso crítico, minha missão estará cumprida’, e claro, meu orientador e amigo Valdir Blini, que tanto me ajudou para conclusão e apresentação de minha monografia”, salientou.
Mas a UniFAI proporcionou a transformação da vida profissional não só de Tiago. Boa parte da família dele também pôde experimentar esse processo transformador na mesma Instituição. “É possível dizer que a UniFAI democratizou o acesso ao curso de Direito aos moradores de Adamantina e região. Minha mãe, professora concursada da rede pública de São Paulo, também se formou em Direito na primeira turma do curso na FAI, e minha irmã, em Psicologia no ano de 2013. Minha esposa se formou em Farmácia também em 2007 na FAI. Posso dizer que quase toda minha família estudou na UniFAI”, evidenciou Martinho.
Depois de formado, o ex-aluno começou a avançar em sua carreira. “A princípio, pensava em seguir carreiras públicas, e foquei meus estudos nesse sentido, porém, passando a conhecer mais de perto a advocacia, e sempre trocando informações com colegas que a exerciam, resolvi pela advocacia, fiz o exame da Ordem no final de 2009, e acabei me descobrindo nessa profissão, que já exerço desde o ano de 2010, atuando com Direito Público, especialmente Direito Penal, Processual Penal e Administrativo, contemplando desde defesa em processos administrativos, ações de improbidade administrativa, processos criminais, inclusive Tribunal do Júri. Paralelamente, cheguei a exercer por três anos a função de assessor jurídico da Câmara Municipal de Três Lagoas (entre 2014 e 2017). Já atuei em ações e recursos em praticamente todos os tribunais da minha região de atuação (TJ-MS, TJ-SP, TRF, TRE, STJ e STF), realizando inclusive sustentações orais nos tribunais superiores”, relatou.
A dica que Tiago deixa àqueles que ainda estão em sala de aula é que “aproveitem ao máximo toda estrutura que a UniFAI pode oferecer para sua formação, que é enorme e de muita qualidade, e jamais deixem o hábito do estudo. Especializem-se, frequentem bons congressos, seminários”.
O curso
Zelar pela harmonia e pela correção das relações entre os cidadãos, as empresas e o poder público é a função do bacharel em Direito.
Há duas carreiras distintas para o bacharel: pode atuar como advogado ou seguir a carreira jurídica. Como advogado, defende os interesses do cliente em diversos campos. Como juiz, resolve litígios entre indivíduos ou empresas.
O curso de Direito da UniFAI tem aulas presenciais no Câmpus II (avenida Francisco Bellusci, 1.000), com duração de dez semestres (cinco anos), no período noturno, e conta com laboratório de Informática, Biblioteca com amplo acervo jurídico, Núcleo de Prática Jurídica (NPJ/UniFAI), Centro de Pesquisa e Atividades Complementares (Cepac) e possui parcerias com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) – órgão do Poder Judiciário –, Núcleo Especial Criminal (Necrim), Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Associação dos Advogados do Estado de São Paulo (AASP), Escola Superior do Ministério Público (ESMP) e a 59ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Adamantina.
“O curso de direito da UniFAI se mostrou excelente para a formação de inúmeros profissionais do direito extremamente qualificados, e hoje tenho amigos formados na própria universidade que são excelentes professores, e contribuem para que a UniFAI continue oferecendo ensino de alta qualidade, em tempos em que o ensino jurídico do país está em crise”, certificou Tiago Martinho.
Entrevista
Confira abaixo a íntegra da entrevista com o ex-aluno Tiago Vinicius Rufino Martinho à equipe do Departamento de Comunicação da UniFAI:
Centro Universitário de Adamantina (UniFAI) – Quando ingressou no curso de Direito da UniFAI?
Tiago Vinicius Rufino Martinho – Ingressei no curso de Direito da então FAI [Faculdades Adamantinenses Integradas] no ano de 2003, concluindo no ano de 2007. Uma ótima turma, com grandes amigos que se tornaram valorosos profissionais, tanto na advocacia, magistério, magistratura, quanto nas demais carreiras jurídicas. Até hoje mantenho contato constante com muitos deles, e é uma alegria ver como essa turma formou essa variedade de operadores do direito.
Centro Universitário de Adamantina (UniFAI) – Qual o motivo da escolha do curso de Direito da UniFAI?
Tiago – Além da qualidade do ensino e do corpo docente, o fato de a faculdade ser em Adamantina ajudou muito, pois trabalhei em todo o período da faculdade, e não possuía também condições econômicas de estudar em grandes centros. Também me utilizei de financiamento estudantil para poder arcar com os custos de meus estudos. Como muitos da minha turma, tinha dificuldades econômicas para poder cursar o Ensino Superior. É possível dizer que a UniFAI democratizou o acesso ao curso de Direito aos moradores de Adamantina e região. Minha mãe, professora concursada da rede pública de São Paulo, também se formou em Direito na primeira turma do curso na FAI, e minha irmã, em Psicologia no ano de 2013. Minha esposa se formou em Farmácia também em 2007 na FAI. Posso dizer que quase toda minha família estudou na UniFAI.
UniFAI – O curso de Direito contribuiu para a sua vida? Em qual área do Direito você atua?
Tiago – O curso de Direito na UniFAI deu uma importante e sólida base para a definição da minha carreira, permitindo uma visão crítica do funcionamento da sociedade e suas instituições. Depois de formado, busquei também cursos de extensão e especialização. No período do curso, fui vendedor e estagiário, até completar 18 anos e ser aprovado em um concurso do município de Adamantina para o cargo de inspetor de alunos, no qual permaneci por uns seis a oito meses, trabalhando na Escola Municipal [Prof.ª] Teruyo Kikuta, até ser convocado para o cargo de agente penitenciário, tomando posse no ano de 2004, e permanecendo até pedir exoneração para exercer a advocacia. Ao contrário de muitos colegas que sempre souberam o que desejavam como carreira, eu demorei um pouco para me descobrir profissionalmente. A princípio, pensava em seguir carreiras públicas, e foquei meus estudos nesse sentido, porém, passando a conhecer mais de perto a advocacia, e sempre trocando informações com colegas que a exerciam, resolvi pela advocacia, fiz o exame da Ordem no final de 2009, e acabei me descobrindo nessa profissão, que já exerço desde o ano de 2010, atuando com Direito Público, especialmente Direito Penal, Processual Penal e Administrativo, contemplando desde defesa em processos administrativos, ações de improbidade administrativa, processos criminais, inclusive Tribunal do Júri. Paralelamente, cheguei a exercer por três anos a função de assessor jurídico da Câmara Municipal de Três Lagoas (entre 2014 e 2017). Já atuei em ações e recursos em praticamente todos os tribunais da minha região de atuação (TJ-MS, TJ-SP, TRF, TRE, STJ e STF), realizando inclusive sustentações orais nos tribunais superiores.
UniFAI – O que mais te marcou ao longo do curso?
Tiago – Cada um dos professores que tivemos nos trouxe excelentes lições. Destaco alguns, como os professores Roldão [Simione], Igor [Terraz Pinto], Maria Cristina [Dias], Luciana, Sidnei [Alzidio Pinto], Mauri [Buzinaro], [Marcelo] Moura, Fernanda [Stefani Butarelo], [Carlos Augusto de Almeida] Troncon, Celso, cada um deles com grande importância. Lembro-me das aulas de ciência política do Professor Gilson, e como ele fazia com que compreendêssemos pensadores como [Nicolau] Maquiavel, [George] Orwell, [Jean-Jacques] Rousseau, [John] Locke, com uma didática sensacional. O professor Franco, de Filosofia, que nos dizia “se conseguir despertar em cada um de vocês o senso crítico, minha missão estará cumprida”, e claro, meu orientador e amigo Valdir Blini, que tanto me ajudou para conclusão e apresentação de minha monografia.
UniFAI – Quais as suas considerações quanto ao curso de Direito da UniFAI?
Tiago – O curso de Direito da UniFAI se mostrou excelente para a formação de inúmeros profissionais do direito extremamente qualificados, e hoje tenho amigos formados na própria universidade que são excelentes professores, e contribuem para que a UniFAI continue oferecendo ensino de alta qualidade, em tempos em que o ensino jurídico do país está em crise.
UniFAI – Quais as principais dificuldades enfrentadas em sua carreira jurídica?
Tiago – Há inúmeras dificuldades, sendo difícil eleger a principal. Destaco nos dias atuais, pela situação de pandemia que passamos, o distanciamento entre os órgãos julgadores dos jurisdicionados. Audiências de custódia, tão difíceis de se implementar, já não ocorrem. Há movimentações para realização de instruções e julgamentos através da internet. A tecnologia deve evidentemente ser utilizada, mas é necessário que não esqueçamos que cada processo traz litígios que versam sobre pessoas, e não é saudável que julgamentos ocorram através de rituais cibernéticos sem que as pessoas tenham o direito de participar presencialmente. Cuidados são importantes nesse período, mas não podemos permitir que o anormal se torne normal, e não é normal que tenhamos varas e tribunais virtuais, que se correspondem com os profissionais do direito e partes através de e-mail, com a banalização da importância de julgamentos presenciais, reuniões de colegiados, deliberações e presença física dos advogados, partes e julgadores. Isso desumaniza os litígios.
UniFAI – Quais conselhos daria aos que atualmente cursam Direito na UniFAI?
Tiago – Aproveitem ao máximo toda estrutura que a UniFAI pode oferecer para sua formação, que é enorme e de muita qualidade, e jamais deixem o hábito do estudo. Especializem-se, frequentem bons congressos, seminários, e lembrem-se das sábias palavras do sábio Rui Barbosa: (…) Estudante sou. Nada mais. Mau sabedor, fraco jurista, mesquinho advogado, pouco mais sei do que saber estudar, saber como se estuda, e saber que tenho estudado. Nem isso mesmo sei se saberei bem. Mas, do que tenho logrado saber, o melhor devo às manhãs e madrugadas. […] Mas, senhores, os que madrugam no ler, convém madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. O saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas ideias próprias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito que os assimila. Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada, mas transformador reflexivo de aquisições digeridas”.