O consumo de redes sociais aumenta a cada dia, ainda mais em períodos de isolamento social, como o atual para se evitar a propagação da Covid-19. Além de promover o contato entre as pessoas, a tecnologia é importante aliada na divulgação de informações, venda de mercadorias e, até mesmo, para doação de animais.
Isso mesmo, as redes sociais vão além da interação com amigos e familiares, mas, também, para causas nobres, como para adoção de animais. E a Unidade de Controle de Zoonoses de Parapuã utiliza rotineiramente a ferramenta para incentivar adoção de pets.
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Ana Carolina Modesto Morato, médica veterinária responsável pelo local, explica que são utilizadas duas páginas no Facebook para disseminar informações e publicar fotos de animais para adoção. No momento, a unidade conta com 30 cães, entre filhotes e adultos, e 25 gatos jovens.
“Trabalhamos com a adoção responsável e monitorada. Sempre acompanhamos os animais adotados”, disse a profissional.
Ela conta que a Unidade de Controle de Zoonoses, conhecida popularmente como canil, existe desde outubro de 2019. Desde então, realiza importante trabalho de recolha e resgate de animais em situação de abandono ou maus tratos, de acordo com a gravidade dos casos.
“É feita uma avaliação clínica do animal. Nos cães é realizado, também, o exame de Leishmaniose. Estando tudo certo, o animal passa pelo período de observação de 10 dias, período para que o dono possa reapropriar o pet. Após este tempo, o animal é castrado e colocado para adoção”, pontua.
A profissional explica que em Parapuã há uma quantidade considerável de animais abandonados e outros comunitários (aqueles que não tem dono específico, mas tem quem os trate). “Por exemplo, animais do calçadão, do bairro Vitória e da reciclagem”, cita.
“A maior dificuldade é evitar a superlotação de animais na unidade, pois, estaria prejudicando o bem-estar animal. Para isso, é preciso que a população entenda que não recolhemos pets com proprietário, qualquer que seja o motivo. Esse entendimento é necessário para que a função do Controle de Zoonoses não seja distorcida”, ressalta Ana Carolina.
A médica veterinária diz ainda que as crias indesejadas são as campeãs de abandono. “O tutor do animal deve sempre optar pela castração, que pode ser realizada precocemente a partir dos quatro meses de idade e antes do primeiro cio das fêmeas. Há um programa de castração no Município que realiza o procedimento gratuitamente, ficando ao proprietário responsabilidade do pós-operatório”.
A profissional pontua que existe uma agenda a ser seguida e há possibilidade de castrar até três animais por endereço. “O Controle de Zoonoses visa prevenir e controlar doenças que são transmitidas dos animais para os seres humanos, como raiva e leishmaniose, além de acidentes por escorpião. Também cuidamos para que animais não se tornem um problema de saúde pública. Mas, para isso, contamos com a colaboração e sensibilidade de toda a comunidade neste trabalho de promoção do bem-estar animal”.