Um Governo Federal ausente, mais de 3 meses sem um Ministro da Saúde e um retorno precoce a “normalidade” são alguns dos fatores que justificam mais de 103 mil pessoas que, infelizmente, não podem mais “tocar a vida” como comentou Jair Bolsonaro. O isolamento social falhou dentro de nossa nação, desembargador não utilizando máscara, futebol voltando para as telas, reabertura do comércio e até mesmo as voltas as aulas são demonstrações de uma pandemia distante que esse país já deveria estar. Se a cloroquina é falha, a vacina da Rússia pode nos salvar? Quais acordos ela já tem em nosso território? O que a Comunidade Internacional Científica pensa a respeito?
AS FASES DE UMA VACINA
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Para aprovar o registro de uma vacina, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa o cumprimento das três fases dos ensaios clínicos:
Fase 1: é o desenvolvimento exploratório, ou seja, essa fase é restrita aos laboratórios, momento em que são avalizadas a melhor composição.
Fase 2: pré-clínica, são os testes em animais para comprovação de dados obtidos em experimentações in vitro.
Fase 3: pesquisa clínica, é o momento em que ela começa a ser testada em humanos.
MINHA FILHA JÁ USOU!
Dentro do Governo Russo desde 1991 seja como Primeiro-ministro ou como Presidente, Vladimir Putin anunciou que a vacina desenvolvida para a Covid-19 recebeu aprovação regulamentar após dois meses de ser testadas em humanos.
Ele afirmou ainda que uma de suas filhas tomou a vacina, fazendo assim ela parte do experimento, comentou ainda que teve um pouco de febre e nada mais.
PRESSA INIMIGA DA PERFEIÇÃO?
Há no mundo 165 vacinas em desenvolvimento listadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), somente seis estão na fase 3 de testes clínicos e, curiosamente, a vacina russa não é uma delas pois somente acaba de concluir a fase 2.
Os cientistas começam a expressar preocupação com a velocidade do desenvolvimento da vacina, a OMS destaca que para sua aprovação é necessária uma revisão rigorosa dos dados de segurança.
Além de não chegar a 3 fase, a vacina russa não tem clareza nos testes já feitos, diferentemente da vacina de Oxfor, por exemplo, que teve seus dados divulgados no jornal The Lancet no fim de julho.
PARANÁ VIZINHO DA RÚSSIA!
O Estado do Paraná anunciou que vai assinar um convênio com a Rússia para produzir a vacina.
O governador, Ratinho Júnior, e o embaixador da Rússia, Sergey Akopov, assinaram o convênio nesta quarta-feira (12).
Mas não se anime, a previsão é que a distribuição no Paraná não comece antes do segundo semestre de 2021.
China, Oxford e agora Rússia estão em nosso território com suas vacinas, o campeão é mais aguardado que o Brasileirão!