Na tarde do sábado (26), um encontro virtual via Google Meet reuniu estudantes do 2° termo de História do Centro Universitário de Adamantina (UniFAI), membros do projeto Nossa Gente e da comunidade de vários municípios da Nova Alta Paulista (Adamantina, Irapuru, Paulicéia e Tupã), com o professor e pesquisador moldavo Dorin Lozovanu, que ministrou aos participantes uma aula sobre etnografia. O encontro foi organizado e mediado por Victor Hugo Souza, historiador e coordenador do projeto, juntamente com a professora Izabel Castanha Gil.
Embora os idiomas da Moldávia sejam o romeno e o russo, isso não foi um empecilho para que a reunião ocorresse. Além de suas línguas nativas, Dorin também fala italiano, assim como Victor Hugo, que ficou responsável por traduzir a fala do convidado para o grupo e vice-versa.
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Dorin Lozovanu é natural de Lozova, na Moldávia, mas vive em Chisinau, capital do país, e concluiu seus estudos universitários nas faculdades de Geografia e Direito da Universidade de Al. I. Cuza, de Iaşi, na Romênia. Ademais, acompanhou estudos no campo da etnogeografia e lecionou em diversos países ao redor do mundo. Atualmente está vinculado a várias instituições científicas e de pesquisa do seu país e de nações vizinhas.
A etnografia, tema abordado no encontro, consiste no estudo e descrição dos grupos étnicos, analisando-os a partir de fatores geográficos, comportamentais, políticos, religiosos, entre outros, sem deixar de lado os aspectos imateriais. “Não é um objeto de estudo muito conhecido no meio acadêmico, mas é uma forma de estudar [a] linguística, [a] geografia e outros objetos sociais, [até porque] o que caracteriza uma etnia é a cultura, a história, a política, etc. A construção étnica não é estática, mas periódica e em constante mudança”, diz o professor Dorin. Ainda assim, “Quando falamos de etnografia temos uma definição desse objeto; em diversos países etnografia é uma das matérias estudadas na faculdade.”, continua ele.
Amante do turismo – afinal, já viajou para mais de cinquenta países -, Lozovanu expressa o desejo de vir ao Brasil após o fim da pandemia de Covid-19 para “conhecer as comunidades étnicas de São Paulo, especialmente do extremo oeste paulista, onde vocês vivem”.