Um jogo de celular que busca conscientizar sobre violência contra a mulher e relacionamentos abusivos foi apresentado pela juíza Ruth Duarte Menegatti, titular da 3ª Vara da Comarca de Adamantina, na última semana. Participaram do encontro, realizado no Fórum local, representantes da Educação, empresas, associações, Polícia Militar e religiosos.
O game conta a história de duas personagens. Penha está numa relação violenta com o namorado, Zé, e a amiga, Luana, quer ajudá-la. É aí que entram os jogadores: cada um decide o que Luana vai fazer. Assim, o game ensina a ouvir e amparar as vítimas. “As situações são inspiradas em histórias e padrões de comportamentos reais”, afirma a magistrada.
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Dessa forma, o jogo lança desafios com perguntas diretas para os participantes que escolhem como cada uma deve agir diante das situações apresentadas. “Foi justamente tratar por intermédio de um instrumento divertido um tema extremamente pesado e muito importante”, explica.
“Como juízas de Direito, nós percebemos a necessidade de enfrentamento da violência doméstica durante o isolamento. A retirada do acesso aos locais que protegeriam a vítima fez com que campanhas como Sinal Vermelho fossem desenvolvidas pela associação. Nós pensamos, então, em tentar aliar a tecnologia, que disparou no isolamento e voltá-la para questões humanas”, declara Ruth. A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) apoia a iniciativa.
O jogo usa linguagem simples e dinâmica e é voltado para mulheres a partir de 18 anos. Foi desenvolvido pela startup Arbache Innovations, signatária do Programa Ganha-Ganha da ONU Mulheres, e pelo Coletivo HubMulher, do qual a juíza faz parte.
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