O falecimento de Diego Maradona, aos 60 anos de idade, por uma parada cardiorrespiratória nesta quarta-feira (25) gerou comoção internacional, a Argentina decretou três (3) dias de luto, Pibe, como era chamado, jogou em quatro copas do Mundo, sendo campeão mundial em 1986. Maradona executou sua mágica dentro do campo e fora dele, sendo um defensor da América Latina e lutando por suas utopias, conheça Maradona além do futebol.
O SOCIALISTA
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No seu ombro direito, a imagem de Che Guerava e, na sua panturrilha esquerda, a imagem de Fidel Castro.
Sobre Che, Maradona foi bem claro: “também sou um rebelde neste mundo”, já a imagem de Fidel é além da admiração, é por estar vivo: “Ele abriu as portas de Cuba quando na Argentina as fecharam” – Comentou Maradona após a morte de Fidel, dizendo que Fidel: “… foi como um segundo pai”.
Além das polêmicas tatuagens, Maradona caminhou ao lado de Hugo Chávez, de Nicolas Maduro, de Evo Morales e citou em seu Facebook: “Somos chavistas até a morte. E quando Maduro ordenar, estou vestido de soldado para uma Venezuela livre, para lutar contra o imperialismo e contra aqueles que querem se apoderar de nossas bandeiras, que é o mais sagrado que temos. Viva Chávez! Viva Maduro! Viva a revolução!”
DOIS RELÓGIOS
Era comum ver El Pibe com dois relógios, um em cada pulso, em grandes eventos, como na Copa mundial da Rússia.
Gerando, assim, uma enorme repercussão na rede: por que o Maradona está usando dois relógios? A resposta mais óbvia chegou: um com horário da Argentina e outro com o da Rússia! Nada disso.
O guerrilheiro argentino, Ernesto Che Guevara, utilizava sempre dois relógios, no meio da floresta, como um profilático, ou seja, uma prevenção, caso um deles parasse, o outro estaria funcionando e este é o motivo de Maradona utilizar dois relógios: a admiração por seu compatriota revolucionário.
O IMAGINÁRIO
O jeito de ser do Dieguito afetou a mente de quem o assistiu, tornou-se mito, lenda, figura errática e polêmica, segundo aqueles que se julgam capazes de definir o certo ou errado, o seu posicionamento político claro, incomodando a massa conservadora, os seus exageros e falhas, provando-se humano, demasiadamente humano.
Maradona parte, no mesmo dia que seu “segundo pai”, Fidel Castro, um 25 de novembro, não foi o melhor jogador do mundo, mas a maior personagem da história do futebol.
“Diego Armando Maradona foi adorado não apenas por causa de seus prodigiosos malabarismos, mas também porque era um deus sujo e pecador, o mais humano dos deuses” – Eduardo Galeano.