A velha política respira e vive calorosamente no poder, por meio de promessas de emendas e cargos na criação de novos ministérios, Jair Bolsonaro, logrou o que desejava: o comando na presidência da Câmara, com Arthur Lira (PP), líder do centrão, e do Senado, com Rodrigo Pacheco (DEM). Seu Jair, com mais de 60 pedidos de impeachment na Câmara, ofereceu queijo aos ratos e, estes, o defenderão até o final.
O OBEDIENTE LIRA
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O Lira, sendo obediente aos requisitos da festa, demonstrou resistência em criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apuraria as atitudes do governo na atual pandemia. Além disso, para rechear o seu currículo, Lira foi réu acusado de corrupção passiva, por receber R$ 106 mil em propina, denunciado pelo Ministério Público de Alagoas em esquema de desvio de dinheiro e, também, acusado de agressão física e ameaças por sua ex-mulher.
Nada tão surpreendente para um Deputado Estadual, utilizando seus poderes para não perder sua cadeira e agora, ao lado de seu Jair, barrará qualquer tentativa de impeachment ou ataque ao Governo.
O QUERIDO RODRIGO
Com o apoio do Presidente e do ex-Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), sem grandes dificuldades, Rodrigo Pacheco (DEM) é o novo líder do Senado.
Construiu sua carreira sendo advogado criminalista, defendendo casos dos grandes empresários e políticos, nasceu apto para a “politicagem”, com apenas seis anos na carreira conquista a sua cadeira premiada no poder, articulando com o centrão e demais partidos, Pacheco está em ascensão. Além de defender a política econômica de Guedes e “passar pano” para as falhas do seu Jair, Rodrigo ganha o seu posto de queridinho do Governo.
RUMO AO CENTRO
O centrão político é a verdadeira metamorfose ambulante, capaz de apoiar a esquerda ou a direita, mas, claro, sempre quando ganham algum presente no final, caso contrário, “fora!”, como aconteceu com a Dilma Rousseff, sofrendo um golpe bem orquestrado por este mesmo centrão e toda “classe de cima” que ela incomodava.
Não se engane, ele está forte e amplo como sempre, conseguindo eleger Lira com 302 votos, dos 513 possíveis, estão brindando na festa de Jair, felizes com o andar da carruagem que nada os afeta.
Bolsonaro, antes crítico ferrenho da velha política, “Eu acho que essa velha forma de fazer política, o toma lá dá cá para ter apoio, não deu certo e a consequência disso é a ineficiência do Estado e a corrupção”, está relaxado em sua cadeira presidencial de mãos dadas com os novos “líderes das casas”.