O Governo Espanhol mostrou sua face nessa terça-feira (16), levando Pablo Hasél a prisão pelas letras de suas músicas e declarações em suas redes sociais que questionam o Poder Político. Milhares de cidadãos espanhóis foram as ruas em protestos e os confrontos entre civis e policiais estão marcando o mês no País Europeu.
QUEM É HASÉL?
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Pablo Rivadulla Duró, conhecido artisticamente como Pablo Hasél, nasceu em Lérida, EM 1988, é um rapper espanhol. Começou a ganhar espaço no hip hop com a música “Isso não é um paraíso” em 2005, neste momento no País ganha força o rap político. Ele também é autor de livros e coleções de poemas.
A partir de 2014 tornou-se pedra no sapato da Justiça Espanhola e, atualmente, aconteceu o estopim de sua carreira artística ativista.
COMUNICAÇÃO COLETIVA
Pablo consegue evidenciar seus pensamentos em suas obras e escritos, ganhando, dessa forma, sua popularidade na Espanha.
O Rapper tinha até sexta-feira (12) para entregar-se às autoridades, entretanto, disse em seu Twitter: “Seria uma humilhação indigna ir pelo meu próprio pé perante uma sentença tão injusta. Terão que vir sequestrar-me. Ainda falta solidariedade para travar este ataque tão grave às nossas liberdades.”
Em sua canção “ni Felipe VI”, declara: “Eu nunca estarei na prisão do medo/Somos capazes de parar o que eles fazem, acredite!”. O povo espanhol acredita e convoca manifestações que marcarão a história.
OBJETIVOS
Hasél tem lucidez do impacto da fala, em audiência com o Governo Espanhol é questionado: “Seu objetivo com essa atividade, qual é?” e ele responde: “Denunciar as injustiças, defender direitos e liberdades democráticas […]. Pois bem, supostamente se diz que existe liberdade de expressão, não? Porque pelo que vemos, não está sendo respeitado.”
ALTERANDO A JUSTIÇA
Na tentativa de acalmar os ânimos o Ministério da Justiça Espanhol realizará alterações: “… para que apenas se castiguem condutas que suponham claramente um risco para a ordem pública ou a provocação de algum tipo de conduta violenta, com penas dissuasórias mas não privativas de liberdade.”
A imprensa espanhola cita ainda que o comunicado do Governo realça que: “… o Ministério, na sua proposta, vai considerar que aqueles excessos verbais cometidos no contexto de manifestações artísticas, culturais ou intelectuais permaneçam à margem do Código Penal”.
Por fim, momentos antes de ser preso, Pablo disparou: “Eles nunca nos silenciarão, morte ao Estado Fascista!”.