O ano é novo, está apenas finalizando o mês de janeiro, entretanto, os assuntos no âmbito político estão velhos: incontáveis falhas administrativas, erros de planejamento e execução no plano de vacinação, falsas informações difundidas, retorno a fase vermelha na pandemia e as idas ao mercado a cada dia mais assustadoras com seus preços. Visto isto, mais uma vez, a pauta é o descaso do poder para com a população, que sofrerá mais devido ao encerramento do auxílio emergencial, pois, claro, para isto não há dinheiro. A polarização está de volta, carreatas em prol do impeachment surgem e a luz no final do túnel, quando virá?
O PODER É UM DOCE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O alarde da semana foi, sem dúvida, os gastos do poder Executivo, comandado pelo seu Jair, em relação a produtos de supermercados. De acordo com um levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base no Painel de Compra atualizado pelo Ministério da Economia, mostra que, no último ano, todos os órgãos do executivo pagaram mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos – aumento de 20% em relação a 2019. Para se ter uma ideia, faz-se necessário ganhar 1.200 (mil e duzentas) vezes o BBB, reality show que rende 1,5 milhão ao ganhador.
Os preços circularam nas redes e parlamentares protocolaram nessa terça-feira (26) representação ao Tribunal de Contas da União visando uma análise criteriosa para averiguar os excessos de gastos. Por fim, O Ministério da Economia adverte: “Toda despesa efetuada pela Administração Pública Federal está dentro do orçamento”.
O VÍRUS AVANÇA
O descaso que ocorre com Manaus (AM) é tema deste mês, a falta de oxigênio era de conhecimento dos governantes, que, assim como todo o povo, assistiu ao desmoronamento dos serviços de saúde sem leitos, profissionais exaustos e com cilindros de oxigênio vazios. A vacinação, atrasada, começou e em poucos dias, praticamente, já está parada novamente, com casos de desvios, furos de filas e faltas de insumos para retomar a produção de mais doses. Nossa região? Como você sabe, está vermelha, comércio fechado, saída apenas para o essencial, poucos leitos em hospitais e, como em 2020, a vida de milhares em jogo.
VOLTAM AS CARREATAS
Neste início distópico de ano, a palavra muito bem conhecida pelos brasileiros, “impeachment”, voltou a circular, nas grandes ou pequenas cidades, carreatas aconteceram.
Os protestos com grupos de “esquerda” e, até mesmo, de “direita”, alguns lutando para o fim deste tempo assustador, outros querendo sua fatia da pizza e as câmaras sem articulação para reconhecer os crimes de Bolsonaro. O que nos resta? Concordar com Giordano: “Que ingenuidade pedir a quem tem poder para mudar o poder.”