Olá viajantes, nessa edição especial nossa coluna também comemora o dia Internacional da Mulher, e nada mais propício falar sobre como a mulher conquistou seu espaço, inclusive nesse setor, e passou a viajar entre amigas ou até mesmo sozinha.
Você sabia que em 1920, para que você pudesse viajar, tudo dependia de quem você era, da sua condição e seu destino? Uma mulher casada, por exemplo, o marido tinha direito ao passaporte que identificava ambos: “Sr. Silva e mulher”. Apenas as mulheres solteiras tinham passaporte emitido com seu nome de batismo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mas na verdade, verdade mesmo, sabemos que não era bem assim, afinal uma mulher viajando sozinha, não era lá muito bem vista.
De lá pra cá, e graças a mulheres como a jornalista Ruth Hale, a escritora Doris E. Fleischman e Bessie Coleman, a primeira mulher negra a conseguir licença para ser pilota, nós tivemos que mostrar e conquistar nosso lugar ao mundo, o que acontece até hoje, porém alguns destinos ainda exigem algumas restrições. Somos livres, mas essa liberdade é parcial, pois levamos o medo na mochila e a sociedade ainda nos olha com estranhamento e, por isso, vou deixar algumas dicas que acho válidas:
Para qualquer turista, conhecer a cultura do local, o hábito de seu povo, a segurança nas principais cidades, e dar aquela estudada no mapa deve fazer parte de seu pré-viagem, mas para uma mulher viajando sozinha, esse conhecimento é ainda mais essencial, porque pode ajudá-la a evitar se colocar em situações desagradáveis. No Brasil, isso não costuma ser um problema, já que temos liberdade de transitar de um lugar ao outro. Mas, em alguns países do mundo, mulheres são ouvidas e respeitadas somente se estiverem na presença de seus maridos ou de parentes do sexo masculino. Sendo assim, recomendo sempre que contratem uma empresa de receptivo local.
A localização é fundamental para uma viagem segura: Qualquer lugar do mundo pode ter seus riscos e inseguranças, de cidades pequenas até megalópoles, como Nova York.
Para evitar transtornos relacionados à hospedagem, o ideal é pesquisar sua localização, com o objetivo de descobrir se a região é considerada perigosa, se tem uma localização boa, se há fácil acesso ao transporte público e como são os quartos.
A tal da bagagem: Bagagens volumosas são chatas quando você viaja sozinha, até mesmo na hora de ir ao banheiro no aeroporto. Quem vai cuidar pra você? Além disso, essa bagagem também pode reduzir a mobilidade, fazendo com que se leve muito tempo para percorrer determinada distância.
Para evitar tudo isso, o segredo é montar uma mala de forma inteligente, dando preferência para roupas versáteis e pouco volumosas.
Faça passeios em grupos: Por mais que o propósito da viagem seja passar um tempo em sua própria companhia, pode ser interessante fazer alguns passeios em grupo, que permitem conhecer novas pessoas e desbravar lugares que seriam mais arriscados para uma mulher viajando sozinha.
Já viajei muito sozinha, principalmente a trabalho e lógico, tem seu lado bom, pois você se descobre, faz coisas e passa por situações que talvez não passaria se estivesse acompanhada, mas o que vale é planejar bem e se jogar, porque infelizmente conheço mulheres independentes que falam: “ah eu não viajo porque ninguém vai comigo”. Amiga, se liberte!
Contrate tudo certinho e se abra as novas experiências maravilhosas que estão por vir. Quem tal aproveitar esse dia 8 de março para se presentear com aquela viagem que sonha há tempos?
Fonte: National Geographic.