Os municípios paulistas iniciam, neste domingo (21), a segunda semana da fase emergencial do Plano São Paulo para conter os recordes de casos, mortes e internações pela covid-19. Hoje, também, marca um ano das primeiras restrições impostas pela Prefeitura de Adamantina para as atividades consideradas não essenciais.
Em 20 de março de 2020, o prefeito Márcio Cardim (DEM) publicou o Decreto Municipal Nº 6111, o primeiro de uma série de regulamentações que culminaram no fechamento de boa parte dos serviços e comércios da cidade inicialmente por 15 dias. Até aquele momento, Adamantina não possuía nenhum caso positivo de covid-19 registrado. A primeira confirmação foi feita em 22 de abril.
Conforme o Decreto Municipal Nº 6111, os estabelecimentos comerciais deveriam manter fechados os acessos do público ao seu interior até 5 de abril.
Também, em 21 de março, data em que as medidas passaram a ser válidas, as restrições atingiam: funcionamento de atividades de comércio ambulante de qualquer natureza; as atividades de caráter religioso de qualquer crença ou denominação, em que ocorram aglomeração de pessoas; de casas noturnas, bares, restaurantes e demais estabelecimentos dedicados à realização de festas, eventos ou recepções, bem como, eventos em clubes de campo, associações de bairro, clubes sociais e de serviço ou qualquer outro local de aglomeração; proibido a entrada de novos hospedes no setor hoteleiro, albergues e afins; e suspensos os serviços não essenciais.
Já o primeiro decreto estadual de restrição ao comércio e serviços não essenciais entrou em vigor em 24 de março de 2020 até 7 de abril. Desde então, as regras foram prorrogadas até a criação do Plano São Paulo – válido até hoje.
UM ANO DEPOIS
Se naquele momento a justificativa das medidas adotadas era para atrasar a chegada da doença para que a rede de saúde se estruturasse, hoje as decisões que atingem todo o Estado e restringem o funcionamento de diversas atividades, até mesmo consideradas essenciais, é devido ao avanço da doença.
Neste sábado (20), o estado de São Paulo registrou 28.292 pessoas internadas pela covid-19, sendo 11.976 em internações em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e 16.316 em enfermaria. O número é 110% maior que a quatro semanas atrás, em 20 de fevereiro, quando o Estado tinha 13.491 pacientes internados.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid são de 91,5% em São Paulo.
Em Adamantina, o último boletim epidemiológico, divulgado na sexta-feira (19), apontava lotação máxima na UTI da Santa Casa local. Os 10 leitos para tratamento da covid-19 – nove vinculados ao SUS (Sistema Único de Saúde) e um particular/convênio – estavam ocupados, segundo a Secretaria de Saúde.
Um ano depois das primeiras medidas de restrições, a cidade tem 1.693 casos positivos da doença, sendo 47 óbitos confirmados.
