A pandemia de covid-19 trouxe mudanças nos hábitos de alimentação. Enquanto alguns sofrem com a falta de apetite, a maioria dos brasileiros começou a comer mais durante o período do #FiqueEmCasa. Além de trazer problemas de saúde, o excesso de peso também ocasiona outros transtornos emocionais, como a baixa autoestima.
Neste cenário de mudanças, e inconstâncias, a adaptação a nova rotina se tornou um desafio, e buscar o emagrecimento também. Já a escritora e palestrante Zil Silva transformou o período em mais uma oportunidade de se superar.
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Ex-obesa, a adamantinense se viu no caminho de ganhar novamente os 20 quilos perdidos durante o primeiro processo de emagrecimento. Mudou os hábitos, e mesmo com as restrições da pandemia se motivou a praticar atividade física.
Começou pela caminhada, depois passou a ser acompanhada por um profissional de Educação Física e em um dos poucos momentos permitidos em frequentar uma academia, decidiu em ser atleta. “Mudei a minha alimentação, parei de ingerir álcool, e tudo isso me fez muito bem. Me convidaram para falar sobre o que a pandemia me transformou, então este período me mostrou a importância de se fazer uma atividade, ter um objetivo, disciplina e determinação”, destaca.
Nesta entrevista em que destacou o seu processo de mudança, Zil sorteou uma cesta para as participantes, que tinham que enviar uma foto delas e os motivos que deveriam ganhar os brindes. Houve grande participação, mas apenas uma contemplada. “Com isso, fiquei pensando nas outras mulheres e suas histórias, e não poderia deixá-las naquele momento frustradas, porque enviaram as fotos e senti que queriam alguma coisa. Era uma história mais bonita que a outra”.
Diante desta inquietação, Zil convidou profissionais da área da saúde para formar o projeto ‘Borboletas da Pandemia’. Composto por nutricionistas, profissionais de Educação Física, esteticista e até consultora de imagem, o grupo se engaja em transformar a vida de 19 mulheres durante 15 dias de desafios.
“Passei pelo meu processo de emagrecimento sozinha. Vários momentos eu quis desistir, e ficamos com autoestima muito baixa. Nós estamos vivendo um momento de pandemia em que as pessoas estão mais para julgar do que para apoiar. As pessoas esquecem da importância da empatia, de dar apoio. E ver a iniciativa destas mulheres jovens, com mais diversas características, é algo muito gratificante”, ressalta.
Durante o projeto, as participantes contam com avaliações físicas e treinamentos específicos, cardápio elaborado com produtos do dia-a-dia e acompanhamento dos profissionais que objetivam resultados muito além de proporcionar mais saúde: o resgate da autoestima.
“Não é buscar um corpo perfeito, mas, sim, ter uma qualidade de vida, entenderem a importância da atividade física, de uma boa alimentação. Precisamos pensar mais no próximo, ter empatia, parar de pensar em nosso umbigo. A pandemia está aí e está levando muitas pessoas para uma doença chamada depressão. Então, o pouco que eu fizer, o pouco que eu conseguir mover de outras pessoas que possuem o mesmo pensamento, faz uma diferença muito grande. E hoje podemos fazer a diferença na vida destas 19 mulheres”.
Participam do projeto as nutricionistas Mônica Fernandes e Mony Buchalla, os profissionais de Educação Física Adalberto Santos e Rodrigo Brito, a esteticista Andressa Zingra, a consultora de imagem Naiara Oliveira, além da palestrante Zil Silva.