Olá queridos leitores, na semana retrasada publiquei um texto de uma adolescente aqui dessa cidade. Não consegui dar minha opinião, nem explicar muito sobre o assunto, porque não tinha mais espaço para maiores esclarecimentos, por isso a coluna de hoje será sobre isso.
Eu gostei muito do desabafo da aluna, porém algumas de suas reclamações não são coerentes com os problemas levantados, vou esclarecer para que possam entender melhor. A maioria de suas reclamações vão contra a escola, seus funcionários e a diretoria de ensino, porém não são de sua autonomia a realização de melhorias para esse problema, pelo menos a maioria deles.
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Com relação as leis que regem a educação no nosso país, posso afirmar que muitas das reclamações da nossa jovem, não tem como a escola ter mais autonomia para mudanças, por conta dessas leis, como a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação que define e regulariza a organização da educação com base nos princípios presentes na Constituição. É a legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou privado).
Também temos a BNCC – Base Nacional Comum Curricular – Um documento norteador que estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Essa Base soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. “Que em minha humilde opinião é apenas uma teoria, porque na prática isso ainda está bem longe de acontecer”.
Por último temos o famoso PPP – Projeto Político Pedagógico – Projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo, político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir e, pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um tipo de guia, como um mapa para nos indicar a direção a seguir, não apenas para os gestores e professores, mas também para funcionários, alunos e familiares. Ele precisa estar o mais completo possível para não deixar dúvidas sobre a rota a tomar e flexível o bastante para se adaptar às futuras mudanças que forem e se forem necessárias para a aprendizagem dos alunos.
Por ser como um manual de “sobrevivência” para os trabalhadores e usuários de uma escola, por conter tantas informações relevantes, o PPP se configura como uma ferramenta de planejamento e avaliação que todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. É aqui que entra algumas das reclamações da nossa jovem e que está nas mãos dos nossos profissionais de dentro das escolas resolverem se tiverem apenas um pouco mais de colaboração por parte dos envolvidos. Mais dedicação, mais amor a profissão. Lembrar do “porque “decidiram seguir esse caminho para começo de conversa.
Porque ninguém decide se tornar professor por ser uma carreira de muitos ganhos financeiros ou de reconhecimento de grande carreira, mas por amor a profissão. Por amor à arte de ajudar, ensinar e dar um caminho para seus alunos. Vamos lembrar disso, mesmo em meio a uma pandemia na hora de ir trabalhar e lidar com tantas crianças, jovens, adolescentes e adultos, ainda em processo de aprendizagem, ainda em formação.
Grande beijo a todos, um excelente final de semana.