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sexta-feira, 4 julho, 2025

E como fica a saúde mental no meio de uma pandemia?

Lá se vão pouco mais de dois anos desde que o “novo normal” se instaurou no Brasil e no mundo. Um novo vírus, denominado pela ciência como Coronavírus, rapidamente se espalhou por todo o globo e impôs à humanidade os maiores desafios da história.

Sem muito conhecimento, autoridades sanitárias e políticas de todo o planeta começaram a se mobilizar para frear a sua disseminação e desenvolveram soluções econômicas para aliviar os impactos financeiros causados na vida das pessoas e empresas e graças à ciência e à descoberta da vacina, chegamos na reta final de 2021, com a pandemia “aparentemente controlada” e assim retomando vários encontros e atividades presenciais que ficaram ameaçadas durante esse período. No entanto bastou iniciar 2022 para tudo sair dos trilhos novamente, novas cepas surgindo, cuidados sendo ignorados, inúmeras pessoas se contaminando, pandemia avançando, e aquela esperança de tudo poder voltar ao normal desaparecendo.

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E como fica a saúde mental e emocional das pessoas em meio a pandemia?

Para a neuropsicanalista Luciana Gomes Tino, o isolamento social provocou a sensação de confinamento pela pouca autonomia de mobilidade, contribuindo com conflitos familiares, dificuldade nas relações sociais e, principalmente, na relação da pessoa consigo mesma.

“A impressão de estar vulnerável, faz com que muitos tenham um sentimento de fraqueza diante das situações. As incertezas, os medos, que existem e é comum em todo ser humano, quando em meio a esta realidade se torna exacerbado, gerando uma exposição emocional maior e contribuindo para o surgimento de doenças emocionais em qualquer pessoa, até mesmo naqueles que se julgam estar conseguindo lidar com o momento”, esclarece a especialista.

Quais a principais doenças da mente decorrentes do isolamento?

Para conhecer um pouco mais sobre as doenças da mente e ajudar a identificar se você ou algum conhecido está sofrendo de alguma síndrome mental, pedimos a ajuda da neuropsicanalista que elencou as principais enfermidades nessa área. Se liga só!

– Estresse: um conjunto de reações não específicas desencadeadas quando uma pessoa é exposta a um estímulo ameaçador. Ao chegar à fase de exaustão, pode alterar o mecanismo de adaptação promovendo esgotamento físico, mental, psicológico e o aparecimento de doenças mais graves.

– Síndrome de Burnout: uma doença relacionada ao elevado e crônico estresse em relação ao trabalho. Está constituída de um conjunto de sintomas que afetam as condições físicas, mentais, emocionais e familiares, pode causar enfermidades graves.

– Ansiedade: refere-se à excitação no sistema orgânico, constituída por uma série de efeitos musculares como taquicardia e tremores, ligada a alguma situação ou experiência. Caracteriza-se por uma sensação de medo ou nervosismo, acarreta dificuldade de concentração, fadiga e insônia. Em estado mais grave, desenvolve-se síndrome do pânico.

– Depressão: caracterizada pela perda da autoestima, da motivação e da energia vital. Pode trazer à pessoa, a sensação de baixa possibilidade para alcançar objetivos pessoais e/ou profissionais, em razão de se sentir desorientada, triste e com vazio interior.

O que fazer? 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem de doenças da mente, antes mesmo da pandemia existir, e agora este número aumenta a cada dia, gerando um estado de alerta e exigindo um cuidado especializado para saúde emocional.

Para Luciana, identificar que algo não vai bem é o primeiro passo. “Rever rotinas, prioridades, delegar responsabilidades e aprender a dizer “não” são as próximas ações. Procurar ajuda é fundamental, pois a saúde mental é a capacidade de a pessoa buscar ajuda quando se encontra diante de alguma dificuldade para lidar com as diferentes transformações que estão acontecendo em sua vida”.

A neuropsicanalista ainda reforça que conflitos, dilemas e perturbações são típicos do ser humano.  “O cuidado com a saúde mental precisa fazer parte do cotidiano e da vida de qualquer pessoa”. Por isso, ao sentir “fadiga pandêmica” (novo termo utilizando pelos cientistas), não deixe de procurar ajuda especializada para receber o tratamento adequado.

O corpo é uma extensão da mente, e o significado que damos às experiências vividas refletem na saúde física. Para que tudo esteja em perfeito funcionamento, é preciso que PSIQUE/CÉREBRO/CORPO permaneçam em harmonia e equilibrados.

“Nosso corpo não adoece sem uma razão: ele se adapta a nossas experiências de acordo com o significado que damos a elas. Mas podemos mudar esse significado. Tratar a causa é o que fará os sintomas desaparecerem”.

O primeiro passo é agendar uma consulta de avaliação. Clique aqui.

 

Luciana Gomes Tino

Neuropsicanalista–Hipnoterapeuta–Treinadora comportamental

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