Logo depois do período de Natal, o Papai Noel e os enfeites dão lugar aos materiais escolares no comércio. Com o preço de tudo aumentando, os pais e responsáveis quebram a cabeça para encontrar produtos da lista no lugar mais barato.
Em Adamantina, não só as papelarias e lojas especializadas no setor comemoram a chegada do mês de janeiro, mas também as lojas de utilidades, que aproveitam o momento para investir nos materiais escolares, esperando uma boa saída no começo do ano.
O proprietário da papelaria Capaldi, Sávio, ressalta que o maior movimento acontece nas duas últimas semanas de janeiro. “Os personagens preferidos das crianças neste ano são Sonic, Naruto e Minnie”, conta.
A mãe de um aluno, Jaqueline Gomes, afirma que pesquisou valores em vários lugares. “É preciso avaliar os preços para posterior compra”, diz.
Na papelaria Estudantil, o movimento também é intenso. Em apenas alguns minutos, diversas famílias passam pelo local em busca do material. “Neste ano, os pais deixaram mais para a última hora. Personagens como Homem Aranha, Unicórnio e Pets continuam fazendo sucesso entre os alunos”, comenta a
proprietária Érica Soares.
Reajuste
A volta às aulas este ano vem com preços puxados para as famílias brasileiras. No ano passado, os cadernos e artigos de papelaria subiram em média 10%, segundo dados do IBGE – ou seja, o dobro da inflação. E, nesta temporada escolar, a alta de preços deve ser ainda maior, entre 20% e 30%, prevê a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE).
No caso das mochilas e estojos, o aumento previsto pela associação é de 15% a 20%. Os itens importados são a maioria dos artigos do setor.
— Pelo segundo ano, os fabricantes de cadernos sentiram um grande aumento nos preços do papel, principal matéria-prima. O dólar elevado, a redução de capacidade de produção e a menor oferta dos fabricantes, assim como o aumento de demanda internacional e a guerra na Ucrânia, foram os principais fatores. Para os importados, o dólar elevado, a inflação na China e os preços dos fretes internacionais provocaram os aumentos — diz Sidnei Bergamaschi, presidente execu- tivo da entidade.