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quinta-feira, 31 julho, 2025

Projeto Calendário da Vida, da juíza Ruth Duarte Menegatti, recebe o Prêmio #Rompa

Foto: TJ/SP

 

O Prêmio #Rompa TJSP/Apamagis divulgou, nesta quinta-feira (14), as práticas vencedoras de sua segunda edição. Na categoria Magistrada/Magistrado, o primeiro lugar ficou com o projeto Alô Mulher, idealizado pela juíza Daniele Mendes de Melo, da Comarca de Bauru; na categoria Entidade Pública, recebeu o prêmio a iniciativa Rodas de Conversa: Amor+, da Penitenciária Feminina de Pirajuí; e na categoria Sociedade Civil, venceu o projeto Não é Normal, da organização Serenas. A solenidade de premiação foi realizada no Palácio da Justiça, sede do Judiciário paulista, conduzida pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ricardo Mair Anafe, e pela presidente da Associação Paulista de Magistrados, juíza Vanessa Ribeiro Mateus, com a presença de integrantes do Conselho Superior da Magistratura, desembargadores, juízes, servidores, integrantes do sistema de Justiça, da sociedade civil e convidados.

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Antes da entrega dos troféus, o presidente Ricardo Mair Anafe enalteceu a importância da premiação, sobretudo pelo impacto direto das diversas práticas inscritas e de ações do TJSP na implementação de políticas públicas voltadas para o enfrentamento da violência. “São Paulo tomou a iniciativa na proteção da violência doméstica e este prêmio é a consagração desta conduta do Tribunal de Justiça, com apoio integral da Associação Paulista de Magistrados”, afirmou.

Também compuseram a mesa condutora dos trabalhos o corregedor-geral da Justiça e presidente eleito para o biênio 2024/2025, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia; o presidente da Seção de Direito Privado e vice-presidente eleito para o próximo biênio, desembargador Artur Cesar Beretta da Silveira; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Wanderley José Federighi; o presidente do TJSP no biênio 2020/2021 e idealizador do Prêmio #Rompa, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; e o corregedor-geral da Justiça eleito para o próximo biênio, desembargador Francisco Eduardo Loureiro.

Foto: TJ/SP

OS PREMIADOS

Os mais de 60 trabalhos inscritos na segunda edição foram avaliados por 15 juradas, que escolheram os ganhadores seguindo os critérios de criatividade, inovação, qualidade, replicabilidade, alcance social e resultados. Vencedor na categoria Magistrada/Magistrado, o Alô Mulher proporciona acompanhamento multidisciplinar a todas as mulheres que receberam medidas protetivas de urgência na comarca, auxiliando na identificação da situação de violência e de agravamento do risco, contando com a integração entre os órgãos que compõem a rede de atendimento e articulando encaminhamento para outros programas de acolhimento. O troféu foi entregue para a assistente social Claudia Clerigo. A magistrada responsável não pôde comparecer em razão de compromisso anteriormente assumido. Também chegaram à final os projetos Calendário da Vida, da juíza Ruth Duarte Menegatti, de Adamantina, que terminou em segundo lugar, e Lei Maria da Penha nas Escolas, do juiz Caio Cesar Melluso, de Ribeirão Preto, que ficou em terceiro.

Já o troféu do programa Rodas de Conversa: Amor+, campeão da categoria Entidade Pública, uma das novidades desta edição do Rompa, foi entregue ao representante Rafael Aruth. Consiste na realização de oficinas e rodas de conversas com reeducandas da Penitenciária Feminina de Pirajuí, abordando, a partir de um ponto de vista acolhedor e didático, temas como responsabilidade afetiva, respeito e conhecimento, de modo que as participantes consigam identificar situações de relacionamentos abusivos e romper ciclos de violência. A prática superou os outros finalistas: Patrulha Maria da Penha, da Secretaria de Segurança Cidadã de Diadema (2º colocado), entregue para a guarda civil Simone Cristina dos Santos, e Acolher, do Ministério Público do Estado de São Paulo (3º colocado), representado pela promotora de Justiça Fabiana Dal’Mas Paes.

A categoria Sociedade Civil consagrou o projeto Não é Normal, realizado pela organização Serenas, representada por Amanda Sadalla, cofundadora e diretora-executiva. Consiste na divulgação de guias educativos para adolescentes e profissionais de educação e desenvolvimento de cursos on-line, com o intuito de conscientizar sobre a importância da prevenção e combate às violências contra mulheres dentro das escolas, possibilitando que profissionais e estudantes saibam como modificar comportamentos que potencializam a naturalização da violência e identifiquem situações de risco para buscar ajuda. Além do troféu, a vencedora recebeu um prêmio de R$ 5 mil, custeado pela Apamagis. O segundo lugar ficou com a organização Me Too Brasil (R$ 3 mil), representada pela fundadora Marina Ganzarolli, e o terceiro, com o programa Ela Pode, do Instituto Rede Mulher Empreendedora (R$ 2 mil), representado por Débora Monteiro. Saiba mais sobre todos os finalistas do 2º Prêmio #Rompa.

PRÊMIO HONORÁRIO

A juíza Vanessa Ribeiro Mateus recebeu do presidente do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe, o Prêmio Honorário do #Rompa, entregue a uma personalidade de notável atuação no enfrentamento da violência de gênero. Além dos esforços empreendidos na criação e concretização da premiação, a juíza foi responsável pela instalação do primeiro Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do estado e foi a primeira mulher eleita e reeleita presidente da Apamagis, com uma gestão marcada pela elaboração da pesquisa JUSBarômetro, que analisou a percepção das mulheres em relação à violência de gênero, e pela adesão à Campanha Sinal Vermelho, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Associação Brasileira de Magistrados (AMB).

O desembargador Ricardo Anafe destacou a atuação de magistrada nas ações de combate à violência de gênero e, também, o apoio institucional da Associação em atividades relevantes para o desenvolvimento da Justiça no Estado de São Paulo. Entre elas, a aprovação do projeto para alteração das custas judiciais, de fundamental importância para o aparelhamento do TJSP. “Esse prêmio tem um destino especial, porque é para uma pessoa que tem colaborado extremamente, não apenas com o Prêmio Rompa, mas com todo o Tribunal de Justiça”, disse.

Falando em nome de todos os premiados, Vanessa Mateus exaltou o sentimento comum entre os participantes do #Rompa, no sentido de proteção dos direitos das mulheres. “As pessoas agraciadas aqui, hoje, estão fazendo a Justiça chegar à população de forma empática, simples e efetiva. Todos merecem o reconhecimento da sociedade, com a certeza de que estão transformando o mundo em que vivemos”, discursou a homenageada.

O presidente Ricardo Mair Anafe encerrou a premiação com uma mensagem que reforça o compromisso do #Rompa com a disseminação de boas práticas de enfrentamento à violência contra a mulher. “Que esse prêmio se repita sempre, cada vez melhor e, na medida do possível, que tenhamos um momento de, efetivamente, dar cabo à violência doméstica.”

Também prestigiaram a solenidade o promotor de Justiça Fernando Pereira da Silva, representando o Ministério Público do Estado de São Paulo; o vice-presidente da União Internacional de Magistrados e vice-presidente da Apamagis, desembargador Walter Rocha Barone; o desembargador Fermino Magnani Filho; o juiz Wendell Lopes Barbosa de Souza, representando a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp); o chefe da Assessoria Policial Militar do TJSP, coronel PM Miguel Elias Daffara, representando o comandante-geral; o chefe da Assessoria Policial Civil do TJSP, delegado de Polícia Tiago Antonio Salvador, representando o delegado-geral; o comandante da Guarda Civil Municipal de Diadema, Edvaldo Mendes Guimarães; a mãe da homenageada com o prêmio honorário, Márcia Mateus; além de magistrados, integrantes das comissões organizadora e julgadora da premiação, representantes e colaboradores das práticas finalistas, servidores da Justiça e convidados.

Foto: TJ/SP
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