Novamente, Adamantina integra o Circuito Sesc de Artes, que este ano alcança 122 cidades do estado de São Paulo. E a abertura oficial da programação ocorreu na última sexta-feira (12), com a participação de Sérgio Vanderlei, que, além de ser conselheiro do Sesc – que organiza o evento – também é presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista) e secretário de Cultura e Turismo – parceiros da iniciativa.
Em seu discurso, Sérgio Vanderlei destacou a importância do Circuito Sesc de Artes para o fomento cultural em cidades de pequeno porte, além da necessidade dos gestores do setor criarem mecanismos para o apoio dos artistas e trabalhadores do segmento. “Cultura é prioridade, precisa ser prioridade”, enfatiza. “E cabe a nós, secretários, fazer este papel. Preparar nossas cidades e valorizar nossos artistas”.
- Publicidade -
Além do secretário de Adamantina, o diretor regional do Sesc São Paulo Luiz Deoclecio Massaro Galina também discursou e, ainda, houve um debate com a participação dos gestores e pesquisadores Alessandra Ribeiro e Ivan Montanari com o tema “Políticas culturais no interior: cultura, território e sustentabilidade”.
Realizado pelo Sesc São Paulo, o Circuito Sesc de Artes 2024 convida pessoas de todas as idades, estilos e preferências artísticas a circularem pelas ruas, praças e parques dos municípios, compartilhando experiências e vivenciando o encontro com a arte e a cultura.
Em Adamantina, a programação ocorre em 26 de maio, das 17h às 21h, no Parque dos Pioneiros.
E as atrações são:
Gráfica aberta: impressos caseiros
Muito antes das impressoras, a reprodução gráfica só era possível graças a processos manuais e mecânicos, como os mimeógrafos a álcool, os decalques com papel carbono, as prensas caseiras e o hectógrafo, uma copiadora do século XIX que funcionava à base de gelatina. A oficina da artista Eliete Della Violla permite experimentar essas práticas e usar folhas, galhos, frutos secos e outros objetos como matéria-prima para criar seus impressos.
Imagens em movimento: oficina com brinquedos ópticos
Orientado pelos monitores da produtora Cine 16, o público pode explorar os primeiros dispositivos de desenho animado da história, surgidos há duzentos anos, que serviram como fonte de inspiração para o cinema. Depois, aprende a fazer suas próprias animações. Além de conhecer os brinquedos óticos, quem fizer a atividade recebe um GIF animado gerado a partir de seus trabalhos.
Plantando poesia
No espaço ambientado em homenagem ao poeta mato-grossense Manoel de Barros, o público decora um vasinho de barro e plantam nele uma poesia impressa em papel semente para espalhar literatura e estimular o contato com a natureza.
DJ Vivian Marques
Em dezesseis anos de carreira, Vivian Marques acumula apresentações em mais de trinta casas noturnas nos estados de São Paulo, Paraná e Goiás, além de participações em shows, festas, festivais, desfiles e peças de teatro. Seus sets combinam diferentes vertentes da música negra nacional e estrangeira, entre ritmos como hip-hop clássico e underground, R&B, pop, soul e funk.
Orquestra Frevo Capibaribe
A apresentação da orquestra – fundada em 2005 na cidade de Cabo de Santo Agostinho, litoral de Pernambuco – procura recriar o clima dos bailes e dos tradicionais desfiles de blocos do carnaval de Recife e Olinda. Herdeiro das marchas, maxixes e dobrados, com influência das bandas militares e das quadrilhas de origem europeia, o frevo pernambucano é uma expressão artística popular e centenária que arrebata o público por onde passa.
O país que perdeu as cores
Inspirada no conto “Quando as cores foram proibidas”, da alemã Monika Feth, a peça aborda temas como democracia, coletividade e respeito ao contar a história de um país surpreendido pela ascensão de um governo autoritário ao poder. Representado por uma trupe de artistas em êxodo por diferentes lugares com personagens como o Pintor, a Padeira, o Florista e o Cachorro, o povo precisa, então, definir que destino deseja dar para a sua própria história.