Arte na rua para todas as pessoas. Esse é o propósito do Circuito Sesc de Artes, que traz uma extensa programação nas áreas de música, teatro, dança, circo, cinema, literatura, artes visuais e tecnologias para a edição 2024. Entre abril e maio, as ruas, praças e parques de 122 municípios paulistas recebem essas ações e, no próximo dia 26, é a vez de Adamantina ser palco do evento.
Das 17h às 21h, o Parque dos Pioneiros recebe toda a programação, que é gratuita e aberta a todas as pessoas, que podem prestigiar, por exemplo, a Orquestra Frevo Capibaribe, de Pernambuco, que recria o clima de bailes e desfiles dos blocos de carnaval de Recife e Olinda.
O público também poderá assistir ao espetáculo de teatro “O País que Perdeu as Cores”, da Companhia Barco, de São Paulo, que aborda temas como democracia, coletividade e respeito, inspirado no conto “Quando as cores foram proibidas”, da alemã Monika Feth.
Ainda ocorrem oficinas de artes visuais, cinema e literatura, como a “Gráfica Aberta”, “Brinquedos Ópticos” e “Plantando Poesia”. Confira abaixo as sinopses completas de todas as ações que acontecem na praça.
Realizado pelo Sesc São Paulo em parceria com prefeituras municipais e sindicatos do comércio de bens, serviços e turismo locais, o Circuito Sesc de Artes ocupa espaços públicos que tradicionalmente são pontos de encontro no município. O evento é um convite à população para desfrutar de um dia diferente e vivenciar novas experiências.
“O Circuito Sesc de Artes é uma iniciativa que proporciona novas trajetórias e roteiros, conectando residentes e visitantes, e promovendo a sensação de pertencimento nas praças e espaços públicos. Essa experiência é essencial para fortalecer laços comunitários, visando democratizar o acesso cultural para mais pessoas”, destaca o diretor regional do Sesc São Paulo, Luiz Deoclecio Massaro Galina.
A programação completa do Circuito Sesc de Artes em todas as cidades pelas quais ele passa está disponível em sescsp.org.br/circuitosescdeartes
+ TUDO O QUE ACONTECE NO PARQUE EM ADAMANTINA
MÚSICA
Fundada em 2005 na cidade de Cabo de Santo Agostinho, litoral de Pernambuco, a Orquestra Frevo Capibaribe recria o clima dos bailes e dos tradicionais desfiles de blocos do carnaval de Recife e Olinda. Herdeiro das marchas, maxixes e dobrados, com influência das bandas militares e das quadrilhas de origem europeia, o frevo pernambucano é uma expressão artística popular e centenária que arrebata o público por onde passa.
E entre uma atração e outra, quem comanda as pickups para manter a animação do público é a DJ Vivian Marques. Seus sets combinam diferentes vertentes da música negra nacional e estrangeira, entre ritmos como hip-hop clássico e underground, R&B, pop, soul e funk. Em dezesseis anos de carreira, Vivian acumula apresentações em mais de trinta casas noturnas nos estados de São Paulo, Paraná e Goiás, além de participações em shows, festas, festivais, desfiles e peças de teatro.
TEATRO
Inspirada no conto “Quando as cores foram proibidas”, da alemã Monika Feth, a Companhia Barco apresenta “O país que perdeu as cores”. A peça aborda temas como democracia, coletividade e respeito ao contar a história de um país surpreendido pela ascensão de um governo autoritário ao poder. Representado por uma trupe de artistas em êxodo por diferentes lugares com personagens como o Pintor, a Padeira, o Florista e o Cachorro, o povo precisa, então, definir que destino deseja dar para a sua própria história.

CINEMA
Orientado pelos monitores da produtora Cine 16, o público da vivência “Imagens em movimento: oficina com brinquedos ópticos” pode explorar os primeiros dispositivos de desenho animado da história, surgidos há duzentos anos, que serviram como fonte de inspiração para o cinema. Depois, aprende a fazer suas próprias animações. Além de conhecer os brinquedos óticos, quem fizer a atividade recebe um GIF animado gerado a partir de seus trabalhos.
LITERATURA
No espaço ambientado em homenagem ao poeta mato-grossense Manoel de Barros (1916-2014), o público decora um vasinho de barro e planta nele uma poesia impressa em papel semente para espalhar literatura e estimular o contato com a natureza. A vivência “Plantando Poesia” será ministrada pelo grupo Lugar de Ser Qualquer.
ARTES VISUAIS E TECNOLOGIAS
A artista Eliete Della Violla ensina como criar seus próprios impressos a partir de matérias-primas como folhas, galhos, frutos secos e outros objetos na oficina “Gráfica aberta: impressos caseiros”. A atividade serve para lembrar que muito antes das impressoras, a reprodução gráfica só era possível graças a processos manuais e mecânicos, como os mimeógrafos a álcool, os decalques com papel carbono, as prensas caseiras e o hectógrafo, uma copiadora do século 19 que funcionava à base de gelatina.