Com objetivo de construir consciência racial, a Associação de Sociedade Civil Gangazumba já completou um ano do projeto de Letramento Racial em Adamantina e segue com as aulas até o final deste ano.
Motivados pelo desejo de produzir uma antologia de crônicas, o projeto começou ser desenvolvido em fevereiro de 2023 na modalidade online, com encontros quinzenais gratuitos voltados a comunidade.
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“O projeto teve início em 2023, depois de uma conversa com alguns membros do Gangazumba, onde foi identificado que a nossa comunidade de pessoas pretas e pardas precisam saber e conhecer mais sobre a nossa história, cultura e luta. Através do letramento construímos a consciência racial entre as pessoas negras, incentivamos o diálogo aberto, ambiente seguro e acolhedor para discussão de diferentes as questões raciais e promovemos equidade racial”, explica a idealizadora do projeto, Jenifer Fernandes.
As aulas vêm sendo ministradas pela própria comunidade negra local, na sua maior parte, membros da Associação de Sociedade Civil Gangazumba e convidados, que dentro de suas áreas de atuações explanam sobre temas relevantes e essenciais para o entendimento da construção histórica e cultural da pessoa negra no Brasil.
Até agora já foram abordados os temas: 1ª O que é Cultura e a Semiótica da Comunicação; 2ª História Brasil-África, Brasil – Colônia; 3ª Abolição da Escravatura; 4ª O que é ser Negro no Brasil, Discriminação e Preconceito; 4ª Ancestralidade é Afrodescendência; 5ª Lugar de fala e Colorismo, 6ª Representatividade Negra , 7ª Apropriação Cultural e Ritmos Musicais.
Serão abordados ainda Afrocentricidade e Religiões de Matriz Africana.
As aulas são oferecidas gratuitamente e qualquer pessoa que tiver interesse pode participar.
“Nossa finalidade é levar conhecimento da nossa história e cultura para que um dia possamos ter uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária; e mais pessoas pretas e não pretas sendo agentes de mudança, incentivando a prática de ações antirracistas e a promoção de igualdade racial em suas comunidades e instituições”, finaliza.