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domingo, 22 junho, 2025

Nutricionista Fabiana Golfeto alerta para riscos das dietas restritivas

Dietas restritivas, onde há limitação severa de certos alimentos ou grupos de alimentos, podem ter riscos significativos para a saúde. Sobre este assunto, a nutricionista Fabiana Golfeto, atuante na área há 16 anos, especialista em Emagrecimento e Psiquiatria da Nutrição e outras sete especializações, explica o quanto uma dieta restrita pode ser prejudicial.

“Lembrando não é restrição calórica, redução do déficit (reduzir calorias ingeridas). Pois isso acompanhado de um profissional onde se adequa emagrecimento com nutrição correta (macro nutrientes, vitaminas, mineiras e água) e de forma individualizada”, salienta Fabiana.

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Ela explica que essas dietas embora possam resultar em perda de peso rápida, muitas vezes trazem consequências negativas a longo prazo.

Confira alguns dos principais riscos associados às dietas restritivas:

Deficiências Nutricionais

Dietas que excluem grupos inteiros de alimentos podem levar a deficiências de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais, fibras e proteínas. Essas deficiências causam uma série de problemas de saúde, incluindo fraqueza, fadiga, distúrbios digestivos e enfraquecimento do sistema imunológico;

Perda de Massa Muscular

Restringir severamente a ingestão de calorias ou proteínas resulta na perda de massa muscular. Isso não apenas afeta negativamente a força e a saúde muscular, mas também diminui o metabolismo, tornando mais difícil manter a perda de peso a longo prazo;

Efeito Rebote

Muitas dietas restritivas são difíceis de manter a longo prazo. Quando as pessoas retornam aos seus hábitos alimentares normais, geralmente ganham peso rapidamente, muitas vezes mais do que perderam inicialmente. Isso é conhecido como “efeito rebote”;

Problemas de Saúde Mental

A privação severa de alimentos pode levar a distúrbios alimentares, como anorexia ou bulimia, e contribuir para problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade e obsessão com a comida;

Impacto no Metabolismo

Dietas restritivas podem diminuir o metabolismo. Quando o corpo percebe que está sendo privado de alimentos, ele tende a reduzir o gasto energético, tornando mais difícil perder peso e mais fácil ganhá-lo de volta. E, por ser uma condição que causa estresse ao corpo, ele passa a estocar calorias para ter energia e não sofrer com a pouca ingesta de alimentos;

Desequilíbrios Hormonais

A restrição calórica extrema pode afetar os hormônios que regulam a fome e a saciedade, levando a desejos intensos por alimentos não saudáveis e tornando difícil controlar a ingestão calórica;

Perda de Energia

A falta de energia devido à restrição calórica afeta a disposição, concentração e desempenho no dia a dia, prejudicando a qualidade de vida;

Problemas Cardíacos

Algumas dietas restritivas, especialmente aquelas que promovem o consumo excessivo de gorduras saturadas ou proteínas animais, aumentam o risco de doenças cardíacas.

Esse dado a seguir é de extrema importância: Quantas pessoas morrem por ano por má alimentação?

Segundo uma recente pesquisa publicada na revista médica The Lancet, enquanto o tabagismo matou 8 milhões de pessoas naquele ano, cerca de 11 milhões de pessoas morreram de alguma doença decorrente de maus hábitos alimentares.

Além disso, essas dietas sobrecarregam órgãos como o fígado e os rins, o que pode acarretar em carência nutricional e a predisposição à anemia. Uma dieta restrita em calorias, por exemplo, influência no metabolismo. “O corpo sente necessidade de economizar energia e tende a diminuir o gasto.

Ainda há pesquisas que mostram que, no longo prazo, a restrição pode alterar o metabolismo e, com isso, fica ainda mais difícil perder peso no futuro. Quando se priva o corpo da quantidade de energia que ele precisa, ele não volta a gastar a mesma quantidade de calorias para o seu metabolismo.

“Deem valor a alimentação adequeda, passem por um profissional, busquem saude e não milagres e entenda os limites do seu corpo”, finaliza.

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