Com 7.323 votos, Adamantina elegeu a chapa de José Tiveron (Partido Novo) e Lucia Haga (PRD) para administrar o município na gestão 2025-2028.
O IMPACTO entrevistou o prefeito eleito para saber como ele pretende conduzir sua gestão nesses próximos quatro anos. Conversamos sobre seus projetos para o município, bem como soluções para problemas graves como as frequentes enchentes, e se pretende dar continuidade aos projetos da atual gestão. Confira:
Qual a sensação de ser eleito prefeito de Adamantina?
É uma honra enorme receber o voto de confiança da população de Adamantina. Este resultado demonstra que as pessoas acreditam no meu potencial para liderar a cidade em um momento de desafios e oportunidades. Ao mesmo tempo, estou consciente da responsabilidade de entregar uma gestão eficiente, transparente e capaz de atender os anseios de todos os adamantinenses, trabalhando incansavelmente para o bem-estar da nossa comunidade.
Esta é a primeira vez que o senhor assume um cargo político desta dimensão. O que o motivou a aceitar este desafio?
O que me motivou a aceitar este desafio foi a confiança que recebi da ADNAP (Associação Direita da Nova Alta Paulista) e do Partido NOVO, ambos acreditando na minha capacidade de gestão. Além disso, vejo uma oportunidade real de implementar uma administração técnica e eficiente, algo que a população de Adamantina merece. O que me move é a convicção de que podemos transformar nossa cidade com políticas públicas baseadas em resultados, responsabilidade fiscal e uma equipe técnica qualificada. O sucesso de outras gestões do Partido NOVO foi uma grande inspiração para me engajar e aceitar esse desafio.
Na última reportagem do IMPACTO sobre as eleições municipais com os candidatos a prefeito de Adamantina, perguntamos a todos quais seriam as ações prioritárias para a gestão municipal e o senhor respondeu que em sua gestão seriam Saúde, Geração de Emprego e Infraestrutura. Quais projetos e ações serão desenvolvidos nessas áreas?
Na área da saúde, um dos nossos focos imediatos será a redução da fila de consultas e exames, e para isso, planejamos um mutirão para diminuir o tempo de espera. Também vamos priorizar o abastecimento regular de medicamentos e melhorar o atendimento nas UBS, com a proposta de uma unidade funcionando aos finais de semana e feriados para casos menos graves, liberando o Pronto Socorro para emergências.
Na geração de empregos, queremos criar um ambiente de negócios favorável, incentivando novos empreendedores e ajudando as empresas locais a crescer. Vamos preparar Adamantina para o retorno da ferrovia, que trará novas oportunidades de investimento e desenvolvimento.
Na infraestrutura, será essencial investir na manutenção das ruas, calçadas e na acessibilidade da cidade. Também daremos especial atenção às estradas rurais, garantindo que os produtores tenham acesso adequado para escoar suas produções.
Sua gestão dará continuidade aos projetos e eventos da atual administração?
Certamente. Vamos dar continuidade aos projetos que têm demonstrado sucesso, como a Feira da Mulher Empreendedora e a Feira do Verde, eventos que integram nossa comunidade e impulsionam a economia local. No entanto, além de manter o que está funcionando, também queremos expandir e inovar, sempre buscando novos recursos estaduais e federais para fortalecer nossa economia e garantir que o dinheiro circule dentro da cidade. Essa é uma gestão que valoriza o diálogo e a continuidade do que dá certo, mas que também se compromete a ir além.

Um dos problemas que o município enfrenta atualmente e que afeta diretamente a vida da população é a frequência dos alagamentos no centro e bairros da cidade. Com o avanço da crise climática já é comprovado que chuvas mais intensas serão frequentes. Que ações a sua administração pretende realizar para lidar com essas questões?
Esse é um problema sério que precisamos enfrentar com soluções técnicas e estruturais. Vamos buscar apoio de órgãos estaduais e federais para realizar estudos detalhados e implementar obras de drenagem que sejam duradouras e eficientes, minimizando os impactos das chuvas intensas. Acredito que um planejamento urbano inteligente, associado a obras de infraestrutura eficazes, será a chave para resolvermos essa questão. Precisamos estar preparados para o futuro, e isso inclui adaptação às mudanças climáticas.
Como funcionará o gabinete itinerante proposto em seu plano de governo?
O gabinete itinerante será uma ferramenta fundamental para aproximar a administração municipal da população. A cada seis meses, uma equipe dedicada, e quando possível eu mesmo, visitará os bairros para ouvir diretamente as necessidades dos moradores. Com isso, poderemos identificar problemas com mais rapidez e priorizar soluções, fortalecendo a participação popular nas decisões da gestão. Esse contato direto nos ajudará a fazer uma administração mais próxima e transparente, garantindo que as ações atendam às reais demandas da comunidade.
Com relação às secretarias municipais. Atualmente, a prefeitura conta com 14 pastas. Existe a possibilidade de algumas dessas secretarias serem extintas ou rebaixadas a diretorias?
Nós estamos abertos a estudar a estrutura atual da prefeitura com especialistas do Partido NOVO, sempre com o objetivo de otimizar os recursos públicos e melhorar os serviços prestados. Qualquer mudança será feita com cautela e embasada em estudos técnicos, sempre buscando o equilíbrio entre a eficiência administrativa e a qualidade do serviço público. Se for necessário, poderemos reestruturar pastas, mas faremos isso de maneira responsável e planejada.
Os nomes dos futuros secretários já estão sendo cotados? Algum em especial que possa ser revelado?
Estamos em um momento crucial para Adamantina, avaliando perfis que atendam às demandas da cidade. A escolha dos secretários exige qualificação, experiência em gestão pública e alinhamento com os valores da comunidade. Consultamos os indicados para garantir compromisso e capacidade. Embora vários nomes estejam em análise, nem todos estarão disponíveis. Conduzimos o processo com cautela, priorizando o bem-estar da população e a eficiência na gestão.
O setor do agronegócio, que inclusive tem relação com suas origens familiares, é um dos setores mais sólidos e rentáveis do país, enquanto que a agricultura familiar enfrenta dificuldades. Quais ações o senhor pretende desenvolver para incentivar o pequeno agricultor familiar de Adamantina e também incentivar o setor do agronegócio?
Vamos manter e aprimorar programas importantes, como o Plano de Alimentação Municipal, que garante preços justos para os produtores, e o Centro de Compostagem, além de dar incentivos para cooperativas de pequenos produtores. Nosso foco será modernizar as ferramentas de apoio ao pequeno agricultor e, ao mesmo tempo, incentivar o agronegócio através da inovação tecnológica e de políticas públicas que tragam segurança e apoio ao desenvolvimento rural. Queremos que o pequeno agricultor tenha as mesmas oportunidades de crescimento, com programas como a Ronda de Segurança Rural, o Programa de Irrigação e o Seguro Rural.
Qual a sua expectativa e principal objetivo para os próximos quatro anos?
Minha expectativa é que Adamantina se torne referência em Saúde, Educação, Infraestrutura e, principalmente, no apoio ao empreendedorismo. Quero que nossa cidade se desenvolva de maneira integrada, com crescimento econômico e qualidade de vida para todos. Meu objetivo é atrair novos investimentos, tanto no setor industrial quanto comercial, e garantir que Adamantina se torne um polo de bem-estar e oportunidades, não só para nossos cidadãos, mas também para as cidades vizinhas. Queremos uma cidade viva, pulsante e acolhedora, onde eventos culturais, esportivos e sociais movimentem nossa economia e fortaleçam o sentimento de pertencimento da população.

SAIBA MAIS
José Carlos Martins Tiveron tem 61 anos de idade, é casado, tem dois filhos, empresário no segmento do agronegócio e presidente do Sindicato Rural de Adamantina, vice-presidente da Associação do leite e já foi presidente do Rotary Club.
Lucia Yassko Nakamura Haga, ou Lúcia Haga, tem 68 anos de idade, casada com o agropecuarista Daniel Haga há 45 anos, tem 2 filhos e 5 sobrinhos adotados. Empresária do ramo de alimentação (comida japonesa), praticante de atividade física e competidora esportista na prova dos três tambores pela ABQM (Associação Brasileira do Quarto de Milha), sendo a competidora mais longeva do Brasil.