
O reajuste de 32,5% na tarifa do transporte coletivo urbano, em Adamantina, foi debatido na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (10), em Adamantina. Os vereadores, professor Daniel Fabri e Marta Almeida, a Martinha do Posto, assinaram o pedido que solicita esclarecimentos à Prefeitura.
Desde 24 de fevereiro, o valor da passagem passou de R$ 4 para R$ 5,30, o causa “impacto direto no orçamento das famílias que mais dependem do transporte público para trabalhar, estudar e acessar serviços essenciais”, destacam os parlamentares.
Diante da situação, os vereadores apresentaram um requerimento solicitando informações detalhadas para Administração Municipal sobre os critérios utilizados para o aumento da tarifa. Entre os questionamentos estão a justificativa detalhada para o reajuste, os estudos técnicos e planilhas de custos apresentados pela concessionária, além da forma como ocorre a fiscalização municipal sobre os custos e investimentos da empresa.
“Nosso objetivo é entender melhor o cenário e, principalmente, buscar alternativas que minimizem o impacto no dia a dia das pessoas. Sabemos que muitos cidadãos utilizam o transporte público diariamente, e um aumento como esse pode pesar no bolso, especialmente das famílias mais vulneráveis”, destacou o vereador prof. Daniel Fabri.

A vereadora Martinha do Posto reforçou a importância da transparência e da busca por soluções. “Fiquei muito entristecida ao ouvir relatos de munícipes que, ao tomar o ônibus portando somente o valor antigo da tarifa, teve que desembarcar. Por isso, queremos agir com responsabilidade e construir caminhos que garantam um transporte público acessível e justo. Nossa prioridade é sempre defender aqueles que mais precisam, buscando alternativas que amenizem o impacto desse reajuste no orçamento familiar”, afirmou.
Os parlamentares também solicitaram informações sobre possíveis ações da Prefeitura para avaliar o impacto do reajuste na vida da população e se há medidas planejadas para mitigar esse efeito. “Nosso compromisso é acompanhar de perto essa situação e buscar, junto ao Executivo, respostas que possam trazer mais equilíbrio e justiça ao sistema de transporte público”, completou Martinha.
No Decreto Municipal nº 7063, de 20 de fevereiro, que definiu o novo valor, a Prefeitura justificou afirmando que a tarifa, até então vigente, foi fixada em abril de 2022. O documento também considerou os aumentos “do salário mínimo que gera impacto financeiro para a concessionária” e de “óleo diesel, peças, pneus, lubrificantes e todos os materiais derivados do petróleo”.
Ainda, segundo prof. Daniel Fabri, a Câmara Municipal seguirá acompanhando o tema e espera que, “com as informações solicitadas, seja possível avaliar alternativas que possam trazer mais equilíbrio à tarifa do transporte coletivo, sem comprometer a qualidade do serviço prestado”.