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quarta-feira, 9 julho, 2025

Rumo solicita licença ambiental ao Ibama para reativar ferrovia entre Tupã e Panorama

Trecho integra o ramal Bauru–Panorama; obras devem seguir até 2028

A Rumo Logística solicitou ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a Licença de Instalação para a reativação do trecho ferroviário entre Tupã e Panorama. O pedido está inserido em um processo ambiental iniciado em 2017, que já passou por diferentes etapas e instâncias técnicas, incluindo o Núcleo de Apoio à Gestão de Incidentes e Emergências Ambientais e o Serviço de Planejamento e Análise de Dados.

Segundo informações do Portal Giro Marília, a reativação integra o antigo ramal Bauru–Panorama e prevê a recuperação de 169 quilômetros de trilhos em 14 municípios da região, sendo: Tupã, Iacri, Parapuã, Osvaldo Cruz, Inúbia Paulista, Lucélia, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Irapuru, Junqueirópolis, Dracena, Ouro Verde e Panorama. A documentação técnica que embasa o processo, como laudos e relatórios, segue sob sigilo, o que impede a divulgação de detalhes sobre a tramitação ambiental.

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A revitalização do ramal ferroviário faz parte dos compromissos firmados pela Rumo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) em troca da prorrogação antecipada do contrato de concessão das ferrovias. O cronograma da concessionária prevê o término das obras até 2028.

Em entrevista ao IMPACTO, concedida em abril, a Rumo informou que os trabalhos começaram em junho de 2024 e estão divididos em três fases: limpeza da vegetação ao longo da linha férrea; recuperação da infraestrutura – com correções de erosões e ajustes em cortes e aterros; e, por fim, a reestruturação dos trilhos, dormentes e lastro de brita.

“Atualmente, as equipes da concessionária trabalham na recuperação da infraestrutura, que inclui correção de erosões e ajuste de cortes e aterros”, explicou a empresa ao IMPACTO.

Ainda, conforme o Giro Marília, uma das dificuldades enfrentadas pela empresa diz respeito a disputas judiciais por áreas invadidas ao longo da faixa de domínio da ferrovia, especialmente em trechos urbanos como o centro de Marília, onde já existe ordem judicial para desocupação. Apesar dos entraves, a Rumo afirma que pretende dar continuidade à limpeza e recuperação da malha entre Bauru e Tupã ainda neste ano.

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