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terça-feira, 12 agosto, 2025

Denise Alves Freire lança livro que propõe uma educação humanizada e centrada nos direitos humanos

Livro baseado em experiências práticas traz uma nova perspectiva sobre educação humanizada, valorizando a empatia, os direitos humanos e a transformação social

Psicoeducadora Denise Alves Freire | Foto: Arquivo pessoal

“Ele não nasceu da teoria, mas da vivência que encontrou teorias como resposta. Trata-se de uma obra-prima no sentido mais humano e verdadeiro da palavra: foi gestada a partir da minha trajetória pessoal e profissional, no campo prático da educação, onde encontrei desafios reais, dores coletivas e também potências transformadoras.”

É desta forma que a psicoeducadora Denise Alves Freire descreve o livro Roteiro Único de Trabalho Humanizado, que será lançado nesta terça-feira (12), às 19h, no auditório do Centro Universitário de Adamantina. A obra, que reflete sua experiência prática no campo da educação, é composta por histórias e reflexões do cotidiano, não buscando verdades absolutas, mas um olhar sensível que valoriza a escuta ativa e a cidadania. “É um convite para quem acredita que educar vai além do conteúdo: é tocar vidas, construir vínculos e promover direitos humanos com o coração aberto e os pés no chão.”

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Sobre a motivação para a criação do livro, Denise afirma que foi “a urgência de resgatar o valor da educação como ferramenta de transformação social e desenvolvimento humano”. “Em um cenário de desumanização, exclusão social e desigualdade, criei um material com caminhos práticos para uma atuação consciente, empática e comprometida com os direitos humanos.”

A psicoeducadora também destaca que “o livro nasce do desejo de fortalecer uma educação integrativa e cidadã — que respeita as diversidades, acolhe as individualidades e promove o ser humano em sua totalidade”. “Só é possível formar cidadãos plenos quando há justiça, respeito, solidariedade e amizade como pilares das relações.”

Ao descrever a jornada que propõe, Denise explica: “É uma experiência transformadora que vai além da teoria. Convida o leitor a refletir sobre seu papel como educador, cidadão e ser humano, fundamentado em valores como justiça, respeito e solidariedade. É um convite à ação consciente e à construção de uma sociedade mais empática.”

Sobre essa transformação do olhar, ela acrescenta que o livro desconstrói modelos tradicionais e propõe uma abordagem centrada na dignidade humana e no acolhimento das diversidades. “Mostra que a aprendizagem significativa acontece quando conhecimento, vida e direitos humanos se conectam.”

A proposta, que nasceu da experiência em Adamantina e região em escolas, projetos sociais e espaços comunitários, se traduz em práticas que colocam o aluno no centro, respeitando suas experiências e criando ambientes seguros. “Pode se manifestar na construção coletiva de regras, mediação restaurativa de conflitos, currículos diversos e atividades que promovam autoconhecimento e solidariedade.”

Denise ressalta também que a obra mostra que a educação humanizada é possível e começa nas pequenas atitudes. “A linguagem é acessível para educadores, lideranças sociais, famílias e todos interessados em empatia e inclusão.”

Ela conclui: “É possível transformar a realidade com educação humanizada. Colocar o ser humano no centro cria espaços inclusivos. É essa inspiração que o Roteiro Único de Trabalho Humanizado quer passar.”

Denise agradeceu ainda as parcerias do Poder Judiciário e do Ministério Público do Estado de São Paulo, municípios, instituições de ensino e “todos que compartilharam suas histórias”. “Também agradeço às minhas parceiras na construção da obra: Dra. Ruth Duarte Menegatti, Fátima Duarte Pacheco e Denise Conde Godinho. De mãos dadas, somos mais fortes.”

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA:

IMPACTO: Como foi a construção da obra do livro ROTEIRO ÚNICO DE TRABALHO HUMANIZADO?

Denise: A construção desta obra não seguiu os moldes de um texto acadêmico tradicional. Ela não nasceu da teoria, mas da vivência que encontrou teorias como resposta. Trata-se de uma obra-prima no sentido mais humano e verdadeiro da palavra: foi gestada a partir da minha trajetória pessoal e profissional, no campo prático da educação, onde encontrei desafios reais, dores coletivas e também potências transformadoras.

Cada página carrega histórias, aprendizados e reflexões construídas no cotidiano — seja em sala de aula, em projetos sociais ou nas trocas com pessoas que vivem e sentem a educação de forma profunda. Não há a pretensão de apresentar verdades absolutas ou fórmulas prontas, mas sim de compartilhar um percurso autêntico, orgânico e sensível que valoriza o olhar humanizado, a escuta ativa e a prática da cidadania.

É um convite para quem acredita que educar vai além do conteúdo: é tocar vidas, construir vínculos e promover direitos humanos com o coração aberto e os pés no chão.

IMPACTO: Houve algum momento marcante durante a escrita?

Denise: Sim, vários momentos foram marcantes ao longo da escrita, mas dois merecem destaque especial: a escolha da logomarca e a definição do nome do projeto. Ambos representam a essência do que essa obra propõe e estão detalhadamente apresentados no livro, em uma linguagem acessível e de fácil compreensão. São partes fundamentais da identidade do projeto e carregam simbolismos profundos que conectam propósito, prática e sentimento.

IMPACTO: O que motivou a escrita do livro ROTEIRO ÚNICO DE TRABALHO HUMANIZADO?

Denise: A escrita do ROTEIRO ÚNICO DE TRABALHO HUMANIZADO foi motivada pela urgência de resgatar o valor da educação como ferramenta de transformação social e desenvolvimento humano. Diante de um cenário em que a desumanização das relações, a exclusão social e a desigualdade persistem, surgiu a necessidade de criar um material que oferecesse caminhos práticos e reflexivos para uma atuação mais consciente, empática e comprometida com os direitos humanos.

O livro nasce do desejo de fortalecer uma educação integrativa, significativa e cidadã — aquela que respeita as diversidades, acolhe as individualidades e promove o ser humano em sua totalidade. É fruto de vivências reais em ambientes educativos e sociais, onde ficou evidente que só é possível formar cidadãos plenos quando há justiça, respeito, solidariedade e amizade como pilares das relações.

IMPACTO: O que o leitor pode esperar ao embarcar nessa jornada que você descreve como “única em direitos humanos”?

Denise: O leitor pode esperar uma experiência transformadora, que vai além da teoria e da informação. Essa jornada é “única” porque propõe uma prática educativa integrativa, orgânica e pautada na humanização — com foco no desenvolvimento da consciência cidadã. O programa convida o leitor a refletir profundamente sobre o seu papel como educador, cidadão e ser humano, fundamentando-se em valores essenciais como justiça, respeito, solidariedade e amizade. É um convite à ação consciente e à construção coletiva de uma sociedade mais empática e igualitária.

IMPACTO: De que forma o livro pode “transformar o olhar” de quem o lê?

Denise: O livro transforma o olhar ao desconstruir modelos tradicionais e mecanicistas de educação, propondo uma nova abordagem centrada na dignidade humana e no acolhimento das diversidades. Ele amplia a percepção sobre o que significa educar, mostrando que a aprendizagem significativa acontece quando há conexão entre o conhecimento, a vida e os direitos humanos. Assim, o leitor é incentivado a enxergar o outro como sujeito de direitos, promovendo relações mais éticas e humanizadas nos espaços educativos e sociais.

IMPACTO: O que significa, na prática, um “trabalho humanizado”? E como ele se conecta com os direitos humanos?

Denise: Na prática, um trabalho humanizado é aquele que reconhece e respeita a individualidade, a dignidade e a história de cada pessoa envolvida no processo educativo. É um trabalho que escuta, acolhe e constrói junto, ao invés de impor. Ele valoriza a empatia, o diálogo e a inclusão como fundamentos para a convivência e o aprendizado. Essa abordagem está intrinsecamente conectada aos direitos humanos, pois promove o ser e o estar de cada indivíduo de maneira igualitária, combatendo qualquer forma de exclusão ou discriminação.

IMPACTO: O livro propõe caminhos para uma educação mais empática e inclusiva. Como isso se traduz no cotidiano de escolas ou projetos sociais?

Denise: No cotidiano das escolas e dos projetos sociais, essa proposta se traduz em práticas pedagógicas que colocam o aluno no centro do processo, respeitando suas experiências, suas culturas e seus ritmos de aprendizagem. Significa criar ambientes seguros onde todos se sintam pertencentes, escutados e valorizados. Isso pode se manifestar, por exemplo, na construção coletiva de regras de convivência, na mediação de conflitos com foco restaurativo, em currículos mais diversos e em atividades que promovam o autoconhecimento, a empatia e a solidariedade. É, sobretudo, uma educação que ensina a viver com o outro de forma saudável, ética e responsável.

IMPACTO: Como o conteúdo do livro se conecta com suas iniciativas em Adamantina e região?

Denise: O conteúdo do ROTEIRO ÚNICO DE TRABALHO HUMANIZADO nasce, em grande parte, da prática viva desenvolvida em Adamantina e região. As experiências que compartilho no livro refletem ações concretas que venho realizando em escolas, projetos sociais e espaços comunitários, sempre com o objetivo de promover uma educação mais inclusiva, empática e centrada nos direitos humanos.

Cada capítulo é atravessado por vivências locais, desafios enfrentados, conquistas coletivas e aprendizados construídos junto à comunidade. O livro, portanto, não está desconectado da realidade: ele é uma extensão do trabalho que já vem sendo feito no território, com escuta ativa, diálogo e valorização da diversidade. É uma forma de registrar, fortalecer e expandir essas práticas que, com simplicidade e profundidade, têm gerado impacto real na vida das pessoas.

IMPACTO: O que acha importante destacar?

Denise: Destaco que essa obra mostra que uma educação humanizada é, sim, possível e começa nas pequenas atitudes.

Destaco ainda que a linguagem é acessível, pensada para alcançar educadores, lideranças sociais, profissionais da área da infância, juventude, famílias e também qualquer pessoa interessada em trabalhar com mais empatia, escuta e inclusão. Não é preciso ter formação técnica para compreender o conteúdo, o livro conversa com a vida, com o cotidiano, com os desafios reais.

Por fim, destaco que é possível transformar a realidade por meio da educação humanizada. Quando colocamos o ser humano no centro, com empatia, escuta e consciência dos direitos, criamos espaços verdadeiramente inclusivos. E é isso que o ROTEIRO ÚNICO DE TRABALHO HUMANIZADO quer inspirar.

IMPACTO: Considerações:

Denise: Quero agradece ao Poder Judiciário do Estado de São Paulo e Ministério Público do Estado de São Paulo, pela parceria sólida e apoio fundamental na execução dos projetos, aos Municípios e às Instituições de Ensino que abraçaram essa proposta inovadora e a tornaram realidade e a todas as pessoas que compartilharam suas histórias e experiências, fundamentais para a construção deste trabalho.

E por último quero agradecer às minhas parceiras de construção dessa obra: Dra. Ruth Duarte Menegatti, Fátima Duarte Pacheco e Denise Conde Godinho, de mãos dadas somos mais fortes.

 

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