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sexta-feira, 10 outubro, 2025

Comer emocional: quando as emoções controlam a alimentação

Nutricionista Gabriela Marchetti Cossi explica as causas, impactos e formas de lidar com a fome emocional e a compulsão alimentar

Nutricionista Gabriela Marchetti Cossi | Foto: Arquivo pessoal

A relação entre emoções e alimentação é mais profunda do que muitos imaginam. De acordo com a nutricionista Gabriela Marchetti Cossi (CRN-3 89019/P), diversos fatores influenciam diretamente as escolhas alimentares, como emoções, hábitos, ambiente e autoimagem. “O estresse, a ansiedade, a tristeza, o tédio, a solidão e até mesmo a alegria intensa podem ser gatilhos que nos levam a comer sem fome fisiológica”, explica.

Segundo ela, é importante diferenciar os tipos de fome. “Quando a fome é fisiológica, o corpo envia sinais claros — o estômago ronca, vem à mente a ideia de comer, há sensação de fraqueza. Já a fome emocional é uma busca por conforto ou distração na comida, como comer um pote de sorvete ou doces após um dia estressante.”

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Entre as causas mais comuns da compulsão alimentar, Gabriela destaca dietas muito restritivas, estresse, histórico familiar, ansiedade, depressão e baixa autoestima. Essas condições, quando não tratadas adequadamente, podem levar a um ciclo de culpa e frustração. “Muitas pessoas entram em dietas insustentáveis, e o corpo, ao perceber a restrição calórica, desacelera o metabolismo. Assim, quando voltam a comer normalmente, o peso é recuperado rapidamente.”

Para quebrar esse ciclo, a nutricionista reforça a importância de um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo nutrição comportamental, terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, tratamento farmacológico. “É essencial identificar as motivações reais por trás dos hábitos alimentares, reconhecer os gatilhos emocionais e construir uma relação de prazer — e não de culpa — com a comida.”

Gabriela também dá dicas práticas para o dia a dia: “Comece o dia bebendo três copos de água, reduza o açúcar do café e sucos, inclua frutas e legumes e planeje suas refeições para diminuir o consumo de ultraprocessados.” Essas pequenas mudanças ajudam a promover uma relação mais consciente e positiva com a alimentação.

“Quando aprendemos a ouvir o corpo e a lidar com as emoções de forma saudável, o resultado é duradouro. Comer deixa de ser um escape e se torna um ato de cuidado”, conclui.

SERVIÇO

Atendimento: Clínica Elo de Adamantina
Convênios: Unimed, Oeste, Funerária Flor de Lótus e Haddad
Contato: (18) 99724-4422 | (18) 99736-1557
Formação: Graduação pela FAI e pós-graduação em Geriatria pelo MEC

 

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