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domingo, 28 dezembro, 2025

O hoje que aperta o gatilho

Confira o conteúdo assinado pelo empreendedor Renan Jordani

Nos tempos passados, a felicidade andava de mãos dadas com as coisas simples da vida. Todos tinham o sonho de ser feliz, fossem pobres ou ricos, casados ou divorciados, não importando o tempo que fosse preciso para almejá-la. Hoje, ela é como a música, dinheiro na mão, é vendaval.

Num insignificante minuto de tristeza, perdemos sessenta segundos de alegria. A necessidade de ser feliz e aproveitar a vida hoje é tão urgente que chega a ser preocupante, pois a simples idéia de morrer a qualquer instante chega à velocidade de bala perdida: é pá e pum, e você cai para trás, fulminado por um tiro vindo sabe lá de onde! A imprudência está aí, a violência está aí, e da juventude para a velhice é um pulo – e depois dos sessenta, todo cuidado é pouco: qualquer salto pode ser mortal.

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Todos correm atrás da felicidade. Mas a “alegria plena” é um hóspede discreto, do qual só nos damos conta quando está de partida. O tal do perder para dar valor.

Ela não está só no que pode ser tocado ou almejado – está dentro, em nós mesmos. Todo mundo procura ajuda para ser feliz, mas ainda não percebemos que talvez não exista caminho para isso: ela é o próprio caminho; felicidade se justifica por si só!

Nosso tempo é um tão rápido estalar de dedos que a vida no mundo contemporâneo é simples: é bater ou correr, no maior estilo “ou vai ou racha”. Contudo, a velocidade que alucina é a mesma que mata. E felicidade hoje é ganhar ou perder em segundos, um já extremamente apressado, um terrível agora ou nunca.

Nesse ritmo, só vence mesmo quem for mais rápido no gatilho.

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@eujordani

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