O Governo de São Paulo concluiu na última segunda-feira, 22, o processo de privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e já na terça-feira, 23, o governador Tarcísio de Freitas oficializou a venda durante cerimônia de toque de campainha.
O governo de São Paulo detinha 50,5% das ações da Sabesp e passará a ter 18%.
A estimativa de parte dos economistas é que a negociação tenha contabilizado uma perda de pelo menos R$ 4,5 bilhões aos cofres estaduais. O valor é quase um terço dos R$ 14,8 bilhões arrecadados com a privatização, que já é considerada a maior oferta pública de 2024 das Américas.
A conta considera o valor pelo qual as ações da companhia de água e esgoto foram vendidas na privatização, recém-concluída, e a atual cotação do papel na bolsa de valores. Na privatização, as ações da Sabesp foram vendidas a R$ 67 cada uma. Hoje, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, essa mesma ação vale R$ 87.
Contrapartida à população
O novo contrato de concessão entrou em vigor já na terça-feira, 23. E embora tenha gerado polêmica com relação aos valores e condições pelos quais foram vendidos, haverá tarifa reduzida para a população.
Conforme informações do governo de SP, o valor vai ficar 10% mais barato para as tarifas social e vulnerável, 1% mais baixo para a residencial e 0,5% para as demais categorias.
Ponto de vista dos adamantinenses
Parte da sociedade é contra a privatização do serviço de água e esgoto, por entender que isso encareceria tarifas e que o acesso deve ser garantido pelo estado. Outra parte entende que a privatização pode ampliar os investimentos e a eficiência do setor, ampliando a cobertura.
Por ser um assunto que divide opiniões nossa reportagem conversou com alguns moradores do município para entender o que pensam sobre este assunto. Confira:
“Não concordo. Para a população será mais complicado, em caso de emergência, vai ser mais burocrático.” opinou José Aparecido de Souza conhecido como Cido da Autoescola.
“Quais benefícios a população terão? Já que a privatização visa o lucro para a empresa detentora que investiu?”, questiona Rodrigo Araújo.
“Sou a favor para acabar com a mamata de funcionários públicos”, opinou Cláudio Marques.
Para a adamantinense Fabricia Romanini: “A privatização já era esperada, já que a população paulista elegeu o atual governador, que tinha privatizações como suas metas. No que diz respeito à cidade, em especial, espero que não siga o mesmo caminho da iluminação. A cidade está às escuras. Espero que com água, se trata a questão de outra maneira e não se tenha problemas.”
Já Silvana Aparecida acredita “Se não encarecer já está bom, pois não sou a favor da mamata de funcionários públicos”
Para Adelaido Batista, “A Sabesp como está, já deixa a desejar. Não dá pra saber como vai ser. Mas se for pra melhorar será bom.”