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sábado, 5 julho, 2025

Entrevista: Daniel Angria assume coordenação da Casa Afro, em Adamantina

Ao IMPACTO, o novo responsável destaca as ações desenvolvidas pelo espaço vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo que fica no Jardim Primavera

Daniel Angria é o novo supervisor da Casa Afro | Foto: Divulgação

Inaugurada em novembro de 2022, a Casa Afro, de Adamantina, conta com novo supervisor. Daniel Angria assume o desafio de ampliar as ações que “promovem o desenvolvimento social, econômico, justiça, cidadania e enfrentamento ao racismo”.

Funcionário público há cerca de 13 anos, Angria foi nomeado para a função pelo prefeito José Carlos Tiveron por meio da Portaria Nº 85, de 3 de fevereiro, e desde então já cumpre expediente no local.

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Ao IMPACTO, o novo responsável destaca as ações desenvolvidas pelo espaço vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo que fica no Jardim Primavera.

IMPACTO: Por quais motivos aceitou o convite para coordenar a Casa Afro?

Daniel Angria: Aceitei ao convite, porque acredito que as atividades afrocentradas têm importância social significativa. Além disso, meu portfólio e minhas vivencias como homem preto me permitem compreender profundamente as necessidades da nossa comunidade, o que me motiva a contribuir de forma genuína para o fortalecimento da Casa Afro.

IMPACTO: E qual seu histórico de contribuição à cultura afro?

Daniel Angria: Minha contribuição à cultura afro é, na verdade, um reflexo natural da minha vivência e identidade. Como negro, desde sempre estive imerso na cultura afro-brasileira, que faz parte da minha trajetória cotidiana. Ao longo da minha vida, tenho buscado promover e preservar as tradições, valores e saberes dessa cultura, seja por meio de ações, participação em eventos, ou apoiando iniciativas que visam fortalecer a presença e a importância da cultura afro em nossa sociedade.

IMPACTO: Qual a importância de assumir este cargo?

Daniel Angria: Para mim é extremamente importante, pois meus ancestrais lutaram e morreram para que nosso povo possa ter o que estamos construindo hoje e ainda há um longo caminho a trilhar.

IMPACTO: Qual a representatividade da Casa Afro para a cidade?

Daniel Angria: A importância da Casa Afro para cidade é disseminação e reconhecimento da cultura indígena e afro-brasileira objetivando a valorização dessa cultura, assim como encontramos em outras etnias como a italiana, espanhola, japonesa e a alemã. A Casa Afro se torna assim um importante espaço ao desenvolvimento social, econômico, justiça, cidadania e enfrentamento ao racismo.

IMPACTO: Quais ações são desenvolvidas no local? Quais atividades pretendem implementar?

Daniel Angria: No momento as atividades principais são aulas de breaking, aulas de capoeira, aulas de instrumentos utilizados na capoeira, aulas de percussão, além de termos um Casa de Guarda de memória que pode ser chamada como um “mini-museu”. Abrigamos um grupo de mulheres que fazem bordados chamado “Casa da Mãe”, um grupo de diversidade que realiza reuniões e a Atlética de Direito da FAI que realiza seus treinos de percussão na Casa.

IMPACTO: Qual sua mensagem final?

Daniel Angria: Acho importante destacar que a Casa Afro não é apenas para pessoas pardas e pretas, a Casa Afro é um lugar de acolhimento para que todas as pessoas independente de sua etnia, religião, sexualidade ou qualquer outro tipo de individualidade, possam frequentar e entender que somos todos humanos e que a cultura Afro-diaspórica é rica em musicalidade, em sabores e em todos os tipos de artes, assim como a cultura de qualquer outra etnia.

Deixe o preconceito de lado e venha participar das atividades na Casa Afro com a gente.

Daniel Angria é o novo supervisor da Casa Afro | Foto: Divulgação

 

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