O aniversário de 76 anos de Adamantina, celebrado no último dia 13 de junho, foi marcado não por festas ou eventos culturais, mas pela ausência de uma programação oficial promovida pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. A situação gerou forte insatisfação popular e motivou um requerimento formal, apresentado pelos vereadores Daniel Fabri e Aguinaldo Galvão na sessão desta segunda-feira (16), que questionam o descaso da pasta com uma das datas mais importantes do calendário municipal.
Segundo os parlamentares, a falta de atividades culturais não apenas frustrou a população, mas revelou a inércia da Secretaria diante de seu papel na promoção da identidade cultural e no fortalecimento do sentimento de pertencimento da comunidade adamantinense. “Foi muito fraco o aniversário de Adamantina”, criticou o vereador Aguinaldo Galvão durante a sessão da Câmara Municipal.
O requerimento, protocolado junto à Mesa Diretora e direcionado ao Executivo, cobra uma série de informações da Secretaria de Cultura, entre elas: se houve planejamento específico para a data, quais critérios foram usados na escolha (ou na não realização) de atividades, o orçamento destinado à celebração e quais medidas serão tomadas para que situações como essa não se repitam.
O vereador Daniel Fabri ressaltou o papel transformador da cultura e lembrou do impacto econômico que políticas públicas bem estruturadas podem trazer. “Um estudo da Fundação Getulio Vargas mostrou que, a cada R$ 1 investido pela Lei Paulo Gustavo, retornam R$ 6,51 à sociedade e aos cofres públicos. A cultura é investimento, não despesa”, enfatizou.
Entre as perguntas encaminhadas, os vereadores também solicitam esclarecimentos sobre a possível retomada da Banda Marcial de Adamantina (BAMAD), patrimônio cultural do município há meses desativado, cuja ausência também foi sentida nas comemorações.
“Infelizmente, essa data no ano de 2025 já passou, mas esperamos que em 2026 tenhamos um evento cultural do tamanho de Adamantina e do que nossa cidade merece”, finalizou Fabri.
