Após 5 anos do início da obra, UPA ainda não tem prazo para funcionar em Adamantina

Construção já custou cerca de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos.

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Adamantina é um exemplo de descaso e desperdício de dinheiro público. Após cinco anos do início da obra, o local ainda não tem prazo para entrar em funcionamento, informa Secretaria Municipal de Saúde.

A construção da UPA custou mais de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde.  A unidade, que ofereceria serviço especializado, deveria funcionar 24 horas por dia e beneficiar milhares de pessoas da Nova Alta Paulista, está fechada com diversas infiltrações e salas alagadas.

Mas, segundo a secretária municipal de Sáude, Patrícia Queiroz Ribeiro Mochiuti, os problemas na estrutura do telhado já foram concluídos. “As complementações externas estão sendo realizadas, sendo o próximo passo as instalações elétricas. A empresa responsável pela construção foi notificada e tem até 31 de março para fazer as adequações finais no prédio”, informa.

Na quinta-feira (17), o IMPACTO esteve na UPA e encontrou dois funcionários da construtora responsável pela construção trabalhando na colocação de ralos para dar vasão as águas da chuva.

Em outubro do ano passado, a Prefeitura abriu comissão para apurar possíveis irregularidades na construção da UPA. (Fotos: João Vinícius/Grupo Impacto)
Em outubro do ano passado, a Prefeitura abriu comissão para apurar possíveis irregularidades na construção da UPA. (Fotos: João Vinícius/Grupo Impacto)

Irregularidades

Em outubro do ano passado, a Prefeitura abriu comissão para apurar possíveis irregularidades na construção da UPA. Na época, em entrevista do IMPACTO, a secretária de Saúde informou que o objetivo é avaliar o que acarretou diversos problemas, como no telhado, por exemplo, onde existem diversos pontos com vazamentos.

No mês de setembro de 2015, conforme noticiado pelo IMPACTO, a UPA começou a receber equipamentos e mobiliários (camas, lixeiras, armários, cadeiras, bancos, bebedouros), mesmo com os problemas apresentados no prédio.  Na época a secretária informou que os equipamentos não corriam risco de serem danificados porque foram armazenados em locais monitorados pela Prefeitura. Questionada hoje sobre a situação dos equipamentos, Patrícia informou que todos continuam lacrados em caixas da fábrica e parte deles estão estocados em algumas salas as quais não apresentam risco.

Unidade especializada

A UPA é uma unidade especializada que beneficiará aproximadamente 86 mil pessoas da região. Os casos atendidos na Unidade serão exclusivamente de urgência e emergência em geral (adultos e crianças) seja por demanda espontânea ou encaminhamento de outras unidades de saúde.

FONTEROGÉRIO PIRES / JOÃO VINÍCIUS
Conteúdo anteriorBolsa família reduz valor de pagamento após dez anos em alta
Próximo conteúdoMães e filhos celebram Dia Internacional da Síndrome de Down