Trabalhadores acampam em frente à usina para exigir pagamentos

Protesto acontece desde quinta-feira (17), em Flórida Paulista. Ministério Público do Trabalho (MPT) acompanha o caso.

Cerca de 120 ex-funcionários da Usina Companhia Flórida, a antiga Floralco, em Flórida Paulista, permanecem acampados em frente à empresa desde quinta-feira (17). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flórida Paulista, eles exigem o pagamento dos dias trabalhados, o acerto das rescisões de contrato de trabalho e a viabilização do retorno ao Maranhão e Piauí, Estados de origem.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flórida Paulista, Roseli Carlos de Melo Esposo, os trabalhadores deixaram seus alojamentos e se instalaram na porta da usina com o objetivo de fazer com que a empresa cumpra os direitos trabalhistas.

“Desde quinta-feira [17], cerca de 120 funcionários estão acampados na Usina. Eles foram demitidos, mas ainda não receberam os dias trabalhados e o acerto da rescisão. Eles também querem voltar para casa, no Maranhão e Piauí”, pontuou Roseli.

De acordo com o 1º secretário da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), Rubens Germano, o Ministério Público do Trabalho (MPT) foi acionado para intervir na questão. “A empresa pediu para que os trabalhadores esperassem em casa, mas, como faz dias que foram dispensados, eles acionaram o sindicato e a federação comunicou o MPT. Houve uma reunião na quinta-feira [17] e a empresa se comprometeu a realizar os pagamentos”, destacou Germano.

“A empresa diz que os salários atrasados e as rescisões seriam acertados entre hoje [21] e amanhã [22]. Vamos aguardar”, completou Roseli.

Em contato com o Ministério Público do Trabalho (MPT) da 15ª Região, a assessoria de imprensa do órgão confirmou o acordo entre as partes e que “a empresa se comprometeu a realizar o pagamento em até 30 dias, observando o carácter de urgência”.

Ainda de acordo com o MPT, a Procuradoria tem acompanhado diariamente a questão junto ao representante jurídico da empresa, inclusive em relação ao retorno dos funcionários para os seus respectivos Estados.

Outro lado

O portal G1 tentou entrar em contato com a diretoria da Usina Flórida Paulista Açúcar e Etanol S/A, a Cia Flórida. Porém, foi informado por telefone que não havia ninguém para dar um posicionamento sobre as manifestações dos funcionários.

FONTEValmir Custódio / G1
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