Os vereadores Daniel Fabri, Cid Santos, Gabi Calil e Marta Almeida apresentaram, na sessão ordinária desta segunda-feira (3), um requerimento à Prefeitura de Adamantina solicitando informações sobre os estudos técnicos que embasaram a escolha da área da Horta Comunitária do Jardim Adamantina para a construção de 40 moradias do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
A principal preocupação dos parlamentares é o impacto do novo empreendimento sobre o já comprometido sistema de abastecimento de água do bairro. Eles lembram que a região sofre com interrupções frequentes e baixa pressão nas residências — situação que, segundo o Legislativo, pode se agravar com o aumento do consumo decorrente das novas moradias.
Os vereadores também chamam atenção para a existência de um poço artesiano no terreno da horta, estrutura considerada essencial para o abastecimento local. Eles questionam se o poço será preservado e quais medidas estão sendo estudadas pela Prefeitura para evitar prejuízos ao fornecimento de água durante e após a implantação das casas.
“É fundamental que a expansão habitacional venha acompanhada de garantias de infraestrutura. Não se pode ampliar o número de moradias em uma área que já enfrenta dificuldades no abastecimento sem uma solução técnica segura”, destacou Fabri, no documento.
Entre os questionamentos apresentados, os parlamentares solicitam cópia dos estudos de impacto hídrico e quer saber se a administração municipal avaliou alternativas que minimizem os riscos de escassez no bairro.
O terreno indicado pela Prefeitura para o projeto é hoje ocupado pela Horta Comunitária do Jardim Adamantina, espaço que, além de sua função social e ambiental, abriga o poço artesiano utilizado pelos moradores.
Na sexta-feira (31), técnicos da Caixa Econômica Federal estiveram no local acompanhados do secretário municipal de Planejamento, André Ricardo Ricci Júnior, para realizar uma avaliação técnica da área. Segundo a Prefeitura, o espaço foi escolhido por já contar com infraestrutura urbana, o que facilitaria a implantação das unidades habitacionais.
O requerimento agora segue para análise do Executivo Municipal, que deverá encaminhar as informações solicitadas à Câmara.
