Mais do que valorizar a escrita e a produção cultural no ambiente escolar, o livro ‘Vozes Jovens: Histórias do Cotidiano’, produzido por alunos da Escola Estadual Helen Keller, de Adamantina, também se tornou um exercício de cidadania. Relatos contidos na obra inspiraram pedidos oficiais de melhorias encaminhados à Prefeitura.
Na sessão da Câmara de segunda-feira (3), a vereadora Meire Alves apresentou três indicações baseadas em sugestões dos estudantes, extraídas do livro lançado em outubro. A parlamentar participou do evento de lançamento, leu a publicação e decidiu transformar as observações dos jovens em propostas concretas.
“É uma grata surpresa e motivo de grande alegria saber que a vereadora Meire Alves acatou os relatos dos estudantes-autores do livro ‘Vozes Jovens’ e os transformou em indicações. O livro é uma coletânea de escrevivências desses estudantes, que refletem sobre o cotidiano por meio da escrita, exercendo a criticidade e a cidadania, e reconhecendo-se como cidadãos integrantes de uma comunidade. As indicações elaboradas pela vereadora, com base no livro, reforçam o propósito da obra, que é dar voz aos estudantes, cumprindo também uma das atribuições fundamentais do Poder Legislativo: representar os anseios da população”, destacou o professor Everton Santos, idealizador e organizador do projeto, que reúne 83 redações de 46 alunos das turmas da 1ª série do ensino médio.
A iniciativa estimulou os jovens a escrever mensalmente sobre temas ligados à sua realidade, resultando em uma coletânea marcada pela autenticidade, linguagem coloquial e olhar crítico sobre o cotidiano. Três dessas histórias inspiraram as indicações apresentadas pela vereadora.
A estudante Stefany Larissa da Silva Lima sugeriu melhorias no Jardim Adamantina, como manutenção dos brinquedos e da academia ao ar livre, além do conserto de um bebedouro público que fornece água com gosto “estranho”.
Já Gabriele dos Santos Silva defendeu políticas públicas que regulamentem a guarda responsável de animais, evitando que cães soltos nas ruas coloquem pedestres em risco.
Por sua vez, Kevellyn Dias Cardoso Ramos solicitou ações de zeladoria no Jardim Primavera, como limpeza de áreas públicas e operação tapa-buracos.
“Parabenizo a escola e os docentes pela iniciativa de fomentar a cidadania desses alunos por meio da escrita. O livro, como o próprio nome diz, dá voz aos jovens a partir de relatos do cotidiano. E, nesse dia a dia, eles se deparam com diversas situações que envolvem o poder público. Como representante do povo, meu objetivo foi dar visibilidade a essas demandas e contribuir para uma cidade cada vez melhor para todos”, afirmou Meire Alves.
