Adamantina deu um passo importante no fortalecimento do esporte paralímpico com a implantação de um Polo de Desenvolvimento de Rúgbi em Cadeira de Rodas, na Academia Arena.
O projeto começou após a iniciativa do aluno Mário Fabrício Gonçalves, cadeirante, que buscou contato com a Federação Brasileira de Rugby Adaptado e apresentou a proposta ao proprietário da academia, Fabiano Montagnoli.
Segundo o educador físico, a articulação com a entidade possibilitou que a Academia Arena se tornasse oficialmente um polo de desenvolvimento da modalidade.
Para iniciar as atividades, a Federação cedeu quatro cadeiras adaptadas específicas para o esporte. “A gente vai começar esse trabalho aqui em Adamantina. Os treinos serão de início às terças e quintas, e estamos cadastrando novos participantes. Os treinos envolvem tanto a parte física quanto a técnica do jogo. É um projeto que promete muito e tem futuro, inclusive com possibilidade de chegar às Paralimpíadas. Precisamos de apoio”, afirmou Montagnoli.
A estruturação do polo contou também com o apoio da Selar (Secretaria de Esportes, Recreação e Lazer). O secretário Luiz Alexandre Hagui, acompanhado do presidente da Câmara Municipal, Éder Ruete, esteve nesta semana no Centro Paraolímpico Brasileiro, em São Paulo, para receber oficialmente as quatro cadeiras e uma bola de rúgbi em cadeira de rodas, que serão utilizados pela equipe local.
“A iniciativa reforça o compromisso da Selar com a expansão e o fortalecimento do esporte paraolímpico no município”, destacou o secretário.

A MODALIDADE
Criado na década de 1970, em Winnipeg, no Canadá, o rúgbi em cadeira de rodas foi desenvolvido por atletas tetraplégicos. A estreia nos Jogos Paralímpicos ocorreu como esporte de demonstração em Atlanta 1996, sendo oficializado em Sydney 2000. A Seleção Brasileira participou pela primeira vez em uma edição paralímpica no Rio 2016.
As partidas são disputadas em quadras de 15 metros por 28 metros, com quatro períodos de oito minutos. O objetivo é ultrapassar a linha do gol com as duas rodas da cadeira e a bola em posse do atleta. Assim como no rúgbi convencional, o contato físico é intenso. Cada equipe joga com quatro atletas e pode ter até oito reservas.
Homens e mulheres competem juntos, sem divisão de gênero, desde que apresentem tetraplegia ou deficiências com sequelas funcionais semelhantes. No Brasil, a modalidade é administrada pela ABRC (Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas).







