Ao encerrar o primeiro ano à frente da Prefeitura de Adamantina, o prefeito José Carlos Tiveron avalia 2025 como um período de reconstrução administrativa, correção de passivos históricos e reorganização da máquina pública.
Em entrevista ao IMPACTO, ele fala sobre os principais desafios herdados, as entregas realizadas, a reorganização financeira e administrativa, as ações na infraestrutura urbana e as perspectivas para 2026, além de deixar uma mensagem à população. Confira:

IMPACTO: Ao completar o primeiro ano de mandato, qual avaliação o senhor faz da gestão até aqui?
Tiveron: Adamantina viveu em 2025 uma reconstrução administrativa profunda, conduzida com método, responsabilidade e união entre todas as Secretarias municipais. Assumimos a Prefeitura no dia 1º de janeiro diante de uma máquina pública que, em vários pontos, estava fragilizada e incapaz de responder às demandas da população. Enfrentamos passarelas em risco, pontes literalmente no chão, equipamentos sucateados, frota mínima e setores essenciais funcionando à margem das condições adequadas. Obras importantes estavam paradas, algumas executadas sem critérios técnicos básicos, e unidades de saúde ainda vulneráveis às chuvas. Havia, além disso, processos administrativos que permaneciam presos à cultura do papel, sem rastreabilidade e sem a agilidade necessária para um município que deseja crescer. Foi esse cenário que encontramos, e foi sobre ele que começamos a construir. Nada disso, porém, se tornou obstáculo; transformou-se no roteiro de trabalho que precisávamos realizar. Definimos prioridades, reorganizamos equipes, estruturamos fluxos, restabelecemos governança e criamos uma agenda clara de fiscalização, manutenção preventiva e correção estrutural. Uma das primeiras grandes transformações foi a implantação integral do sistema “Sem Papel”, que eliminou a tramitação física de documentos e trouxe modernidade, economia, transparência e celeridade aos processos internos. Isso não apenas mudou o modo de trabalhar da Prefeitura, mas devolveu aos servidores as ferramentas adequadas para exercer suas funções com precisão e segurança. Graças a esta implantação, recebemos o Prêmio de Inovação, no Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes do Oeste Paulista, que mostrou a grandiosidade e reconhecimento das ações de nossos servidores no Sem Papel municipal. Na área de infraestrutura, atuamos no ponto mais sensível e imediato: preservar vidas e restituir a segurança urbana. A reconstrução da ponte do Córrego dos Ranchos, concluída em 53 dias, demonstra a capacidade de resposta das nossas equipes, desde a Secretaria de Planejamento até a Obras e a Administração. A intervenção na passarela, que interditamos antes de ocorrer uma tragédia, nunca avaliada em gestões anteriores, mostra que governar exige coragem para fazer o que precisa ser feito no momento certo. Retomamos também a ligação interbairros que estava esquecida há décadas e que hoje avança dentro de um cronograma técnico sólido. Esses resultados são frutos diretos do empenho de servidores, diretores e coordenadores que atuaram com dedicação diária para restabelecer a funcionalidade da cidade. Outra urgência enfrentada foi a frota pública. Encontramos cinco das quatorze secretarias sem um único veículo disponível. Máquinas pesadas estavam paradas, motoniveladoras quebradas, caminhões compactadores de lixo inutilizáveis. Em resposta, recuperamos o que era possível e buscamos reforço externo: novos veículos, tratores, ônibus, caminhão-pipa e equipamentos decorrentes do convênio com a Receita Federal devolveram capacidade operacional às secretarias. Isso permitiu que setores como Saúde, Educação, Cultura, Obras e Assistência Social retomassem suas atividades com dignidade. A atenção à saúde foi total. Identificamos problemas estruturais, infiltrações, posicionamento inadequado de unidades, ausência de equipamentos e filas de atendimento que exigiam respostas imediatas. Garantimos mais de um milhão de reais para o Projeto Zera Fila, realizamos milhares de exames e investimos fortemente em diagnósticos, incluindo a chegada da carreta de mamografia, que realizou mais de 500 exames e praticamente eliminou a fila. Implantamos inspeções contínuas nas unidades de saúde e adotamos medidas preventivas para evitar novas ocorrências como as enchentes que atingiam o CIS e outras estruturas. Com isso, devolvemos à população um atendimento mais seguro e digno. Em paralelo, envolvemos todas as lideranças da administração: Secretários, Diretores, Coordenadores e servidores participaram ativamente de cada solução implementada. A Secretaria de Planejamento concluiu convênios e cuidou das adequações técnicas; a de Desenvolvimento Econômico conduziu a reabertura do IBC e organizou a regularização dos editais que estavam paralisados nos Distritos Industriais José Bocardi, Valentim Gatti e Otávio Gavazzi; a Controladoria e os Assuntos Jurídicos estruturaram as bases que destravaram os terrenos do Distrito Industrial; a Secretaria de Obras acompanhou cada intervenção estrutural. Essa soma de esforços foi decisiva para que o município retomasse seu ritmo de crescimento amplo e irrestrito. Na gestão financeira, enfrentamos um passivo significativo, incluindo valores não declarados na transição, empréstimos apresentados como ativo e obras que exigiam correção urgente. Um caso emblemático foi o da Usina de Resíduos da Construção Civil (RCC): tivemos de concluir a base da esteira, instalar transformador de alta potência, criar áreas de descarte e cumprir duas licenças ambientais, inclusive com reflorestamento compensatório. Esse trabalho, embora árduo, devolveu regularidade à operação e previsibilidade ao orçamento. O reconhecimento externo veio com a premiação no Prêmio Band Cidades Excelentes, com o primeiro lugar na área de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, nos pilares de saneamento e água potável, em que 100% da cidade tem acesso. Entendemos que governar é dar continuidade e criar novas entregas. Esse mérito não simboliza apenas um troféu, mas a confirmação técnica de que Adamantina escolheu o caminho correto para sua reorganização. É a prova de que nossas políticas públicas, obras, saneamento, mobilidade, habitação, planejamento e tecnologia, estão alinhadas com as melhores práticas do país. Por tudo isso, este primeiro ano representou a transição da urgência para o planejamento, do improviso para a técnica, da fragilidade para a governança. Reestruturamos serviços, modernizamos processos, recuperamos patrimônios públicos, retomamos obras e reconectamos a administração com o ritmo que a cidade merece. Consolidamos uma gestão orientada por responsabilidade, transparência e resultados. Com essa base sólida, iniciamos um novo ciclo: Adamantina volta a se posicionar como um município capaz, organizado e preparado. Este primeiro ano provou que, com determinação e trabalho conjunto, é possível reconstruir a cidade e avançar com a velocidade que a população merece.
IMPACTO: Quais foram os principais desafios enfrentados nesse período e que precisaram ser superados?
Tiveron: Enfrentar o primeiro ano de governo exigiu coragem administrativa, disciplina técnica e capacidade de reorganização profunda. Os desafios não foram pequenos, nem pontuais; eram entranhados na estrutura da máquina pública e pediam respostas rápidas, coordenadas e seguras. Logo no início, identificamos situações críticas que precisavam ser tratadas com prioridade absoluta para que a cidade não ficasse paralisada. O primeiro grande desafio foi a infraestrutura municipal. Encontramos pontes caindo, passarela em situação de risco e obras estruturais que haviam sido iniciadas sem planejamento adequado. A ponte do Córrego dos Ranchos, por exemplo, exigiu intervenção emergencial, mobilizando engenheiros, equipes de obras e planejamento para que fosse reconstruída com segurança e em tempo recorde. A passarela da Joaquim Nabuco revelava uma deterioração tão grave que a única decisão possível, para preservar vidas, foi a interdição imediata, e essa ação preventiva evitou o risco iminente de acidentes de grandes proporções. Em paralelo, retomamos a ligação interbairros que aguardava mais de quatro décadas por atenção, organizando cronograma e estrutura para que a obra avançasse dentro de critérios técnicos sólidos. Outro desafio central foi a situação das secretarias e da frota municipal. Deparar-se com máquinas pesadas quebradas, compactadores de lixo inoperantes, veículos sem manutenção e cinco secretarias sem nenhum automóvel disponível representava um quadro de extrema vulnerabilidade administrativa. O trabalho de recuperação envolveu análises técnicas, reorganização financeira, priorização de gastos e, ao mesmo tempo, articulação política para conquistar novos equipamentos, como caminhões, ônibus, trator, maquinário e bens recebidos por meio do convênio com a Receita Federal. Esse processo devolveu capacidade operacional à Prefeitura e renovou a dignidade do trabalho de nossos servidores. A área da saúde também apresentou desafios severos. Algumas unidades mostravam fragilidade estrutural, registros de infiltração, alagamentos e carência de equipamentos. O alagamento do CIS deixou evidente a urgência de criar um programa permanente de vistoria e manutenção preventiva. O desafio foi transformado em oportunidade para instituir novos protocolos, corrigir estruturas e planejar intervenções duradouras. Além disso, a grande fila de exames e procedimentos era um obstáculo real para o atendimento digno da população. Com organização financeira e diálogo institucional, conquistamos recursos expressivos para o Projeto Zera Fila, fortalecendo a rede de diagnóstico e trazendo ações como a carreta da mamografia, que reduziu rapidamente a demanda reprimida. A Usina de Resíduos da Construção Civil (RCC) representou um dos passivos mais complexos. Estruturas inacabadas, necessidade de instalação de transformador, ausência de área adequada para descarte nos fins de semana e condicionantes ambientais não cumpridas exigiram uma força-tarefa envolvendo obras, meio ambiente, jurídica e planejamento. Além da parte física, foi necessário assumir compromissos que não estavam previstos, como o reflorestamento compensatório, ao mesmo tempo em que organizávamos o orçamento para dar sequência às obrigações sem prejudicar outros serviços essenciais. O desafio financeiro, identificado ainda no primeiro trimestre, representou uma mudança de rota e demandou prudência técnica. Foi preciso ajustar projeções, revisar contratos, reclassificar itens contábeis e corrigir distorções que mascaravam a real situação orçamentária. Essa reorganização contábil permitiu entender a verdadeira capacidade de investimento do município e evitou que decisões fossem tomadas com base em dados imprecisos. Com transparência e rigor, reconstruímos previsibilidade e segurança fiscal. Superar tudo isso só foi possível pela união das secretarias, pela competência técnica de diretores e coordenadores e pelo comprometimento dos servidores, que abraçaram a missão com espírito público. Os desafios foram muitos, mas cada um deles se tornou um passo concreto para reorganizar Adamantina, restabelecer serviços essenciais, devolver segurança à população e colocar a cidade em um novo ciclo de governança, responsabilidade e eficiência. Faz-se igualmente necessário destacar a relevância do trabalho desenvolvido pelo Fundo Social de Solidariedade que, em parceria com diversas secretarias municipais, tem promovido inúmeras campanhas e ações que resgatam e fortalecem os valores da assistência social, da cultura, do cuidado direto com a saúde, da educação e da cidadania. Da mesma forma, merece reconhecimento a atuação da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, que manteve viva a tradição da ExpoVerde, mesmo diante de um cenário desfavorável. Com planejamento e inovação, foi possível reinventar os modelos de contratação, reduzindo os custos e desonerando a Prefeitura para a realização desse evento de grande importância para o município e para toda a região. Por fim, destaca-se o Natal Mágico, iniciativa que integra a tradição do município e reafirma Adamantina como referência cultural, por meio das Luzes de Natal e de uma programação diversificada da Secretaria de Cultura e Turismo, que transforma o mês de dezembro em um período de celebração, encantamento e convivência para toda a população.
IMPACTO: De que forma o problema orçamentário identificado no primeiro trimestre impactou o trabalho da Administração Municipal?
Tiveron: O primeiro ano de gestão foi marcado por um grande desafio: reorganizar as finanças municipais diante de um cenário que exigia ação imediata e decisões firmes. Nos primeiros meses, ao avançarmos na leitura real das contas, encontramos um erro orçamentário, que impactou profundamente nas decisões da gestão financeira; assim que constatamos as pendências relevantes que não haviam sido apresentadas na transição, além de compromissos financeiros sem dotação prevista, obras iniciadas e não concluídas que continuavam gerando custos e serviços essenciais funcionando sob estruturas frágeis ou inadequadas. Esse conjunto de fatores poderia ter comprometido toda a programação do ano, mas tratamos cada item com rigor técnico, clareza de prioridades e responsabilidade administrativa. A primeira providência foi colocar ordem no fluxo financeiro. Revisamos contratos, reclassificamos despesas, corrigimos inconsistências contábeis e instituímos um controle de pagamentos capaz de devolver previsibilidade à gestão pública. Esse processo não foi apenas contábil, foi estratégico. Ele permitiu que a Prefeitura seguisse funcionando sem interrupções e, ao mesmo tempo, reorganizasse compromissos que não poderiam ser ignorados. Mesmo diante dessa reestruturação, fizemos questão de valorizar o servidor público, que é o coração da administração municipal. Concedemos aumento salarial de 5,5%, que mesmo não havendo previsão orçamentária da gestão anterior, cumprimos com o ajuste salarial acima da inflação do período, garantindo reposição real. De maneira inédita, instituímos dois abonos de R$ 300,00, um no primeiro semestre e outro agora, no fim do ano, um gesto de reconhecimento ao esforço diário dos servidores. Também reajustamos o vale-refeição de R$ 28,00 para R$ 36,00, um avanço significativo que demonstra respeito e compromisso com quem trabalha pela cidade. Alguns desafios exigiram atenção especial. A Usina de Resíduos da Construção Civil chegou incompleta, sem capacidade de operação e com pendências técnicas sérias. Para torná-la viável, concluímos toda a infraestrutura, instalamos a esteira, adquirimos um transformador de grande porte, estruturamos uma área exclusiva para descarte aos finais de semana e cumprimos exigências ambientais que incluíram reflorestamento compensatório. Além disso, o financiamento utilizado para construir a Usina não estava registrado como dívida, o que gerava distorções contábeis e exigiu reorganização imediata para evitar desequilíbrio. Situação semelhante se repetia em outras estruturas. A nova Farmácia Municipal havia sido instalada em um prédio ainda em obra, sem climatização, sem pintura e sem condições mínimas de uso, além de apresentar um custo de aluguel que exigia revisão. No Centro Integrado de Saúde, enfrentamos alagamentos que colocavam em risco tanto pacientes quanto servidores, obrigando a adoção de planos de contenção e à criação de vistorias permanentes em toda a rede de saúde. A Rodoviária, reformada com recursos do MIT, também necessitou de correções técnicas para que o convênio fosse finalizado com segurança e dentro das exigências legais. Mesmo com todas essas demandas emergenciais, a gestão preservou o equilíbrio financeiro. A digitalização completa dos processos internos, por meio do Sistema Sem Papel, trouxe economia imediata e permanente, reduzindo gastos com papel, impressões e transportes de documentos, além de aumentar a eficiência no fluxo administrativo. Em paralelo, enfrentamos e solucionamos passivos importantes, como o transporte escolar, que precisava de monitores, adequações e novos ônibus, todos já conquistados e em plena operação. Enquanto corrigíamos o passado, ampliamos as bases para o futuro. Conseguimos recursos importantes para a saúde, fortalecemos políticas de assistência social, consolidamos boas ações no esporte por meio de convênios e colocamos a habitação em movimento, avançando com 40 casas (aguardando os trâmites federais) e a expectativa de mais 120 unidades do CDHU. Na área econômica, destravamos processos que estavam parados desde 2023, como as concessões dos distritos industriais, e concluímos o trâmite do IBC, que agora está com edital aberto para receber empresas de grande porte. Esse conjunto de ações, de correção, reorganização e avanço, garante que Adamantina encerre 2025 com estabilidade fiscal, serviços preservados, convênios liberados, aumento de arrecadação e um planejamento sólido para 2026. A cidade inicia o próximo ano em um ambiente de responsabilidade financeira e capacidade ampliada de investimento, preparada para consolidar projetos estruturais que elevarão a qualidade de vida da população.
IMPACTO: E quanto às conquistas: quais foram as principais entregas deste primeiro ano?
Tiveron: Ao longo deste primeiro ano, as principais entregas da gestão se materializaram na capacidade de transformar dificuldades em resultados concretos, sempre com foco na segurança, na dignidade dos serviços públicos e no fortalecimento da cidade como um todo. Houve entregas que impactaram diretamente o cotidiano da população e outras que estruturam o futuro de Adamantina, muitas vezes de forma silenciosa, porém decisiva. Na infraestrutura, a reconstrução da ponte do Córrego dos Ranchos em apenas 53 dias devolveu mobilidade e segurança a uma região que convivia com riscos reais. A interdição preventiva da passarela da Rua Joaquim Nabuco, antes que ocorresse uma tragédia, demonstrou responsabilidade técnica e respeito à vida. Avançamos de maneira efetiva na ligação interbairros entre o Itamarati e o Jardim Brasil, uma obra aguardada há décadas, que hoje segue com cronograma, acompanhamento técnico e perspectiva real de conclusão. A Rodoviária Municipal teve problemas estruturais corrigidos, garantindo o cumprimento do convênio e condições adequadas de uso, e o município retomou o controle de obras que estavam paralisadas ou sem supervisão adequada. Na área de serviços urbanos, a recuperação da frota e dos equipamentos da Secretaria de Obras foi uma entrega fundamental. Máquinas paradas, compactadores inoperantes e veículos sem condições de uso foram recuperados, ao mesmo tempo em que o município conquistou novos tratores, ônibus, caminhão-pipa e equipamentos por meio de convênios e parcerias institucionais. Isso devolveu capacidade operacional às secretarias e permitiu que a cidade voltasse a atender com regularidade demandas básicas, como limpeza urbana, manutenção de vias e apoio à zona rural. Na Saúde, as entregas foram sentidas de forma direta pela população. O Projeto Zera Fila, com mais de R$ 1 milhão investidos, ampliou o acesso a exames e procedimentos, reduzindo filas históricas. A carreta da mamografia realizou mais de 500 atendimentos, praticamente eliminando a espera nesse tipo de exame. Unidades de saúde passaram a ter cronogramas permanentes de vistoria e manutenção, evitando novos episódios de alagamentos e garantindo mais segurança para pacientes e profissionais. A Farmácia Municipal foi estruturada para funcionar com dignidade, mesmo diante das limitações herdadas, assegurando o atendimento à população. Na Educação e na Assistência Social, a reorganização do transporte escolar, com a contratação de monitores, ajustes de rotas e chegada de novos ônibus, trouxe mais segurança às crianças e tranquilidade às famílias. O fortalecimento dos convênios com entidades assistenciais garantiu a continuidade dos atendimentos, mesmo diante de compromissos financeiros assumidos anteriormente e hoje integralmente absorvidos pelo município. Administrativamente, uma das entregas mais relevantes foi a implantação do sistema Sem Papel, que transformou 100% dos processos internos da Prefeitura em digitais. Essa mudança elevou o nível de eficiência, transparência e controle, reduziu custos administrativos e valorizou o trabalho dos servidores, que passaram a contar com ferramentas modernas e adequadas. A reorganização administrativa também devolveu previsibilidade às contas públicas, com fluxo financeiro estabilizado e controle permanente do orçamento. No desenvolvimento econômico e urbano, a liberação das concessões dos distritos industriais José Bocardi, Valentim Gatti e Otávio Gavazzi, paralisadas desde 2023, recolocou Adamantina na rota de atração de empresas. A conclusão do processo do IBC e a abertura de edital para instalação de empreendimentos de grande porte representam uma entrega estratégica, com impacto direto na geração de empregos e no aumento da arrecadação futura. Na habitação, a garantia de 40 casas e o avanço para viabilizar mais 120 unidades significam segurança, dignidade e novas oportunidades para dezenas de famílias. Essas entregas, somadas à organização financeira, à recuperação de ativos públicos e à conquista de recursos externos, permitiram que Adamantina encerrasse o primeiro ano de gestão com estabilidade fiscal, serviços retomados e projetos estruturantes em andamento. São resultados que não apenas respondem às urgências do presente, mas constroem bases sólidas para um ciclo contínuo de desenvolvimento, com impactos positivos e duradouros na vida da população.
IMPACTO: Em relação à infraestrutura urbana, quais ações a Prefeitura tem adotado para garantir boas condições de pavimentação das ruas durante o período de chuvas?
Tiveron: A preocupação com a infraestrutura urbana, especialmente com a pavimentação das vias durante o período de chuvas, tem sido tratada como uma política permanente de planejamento e prevenção, e não apenas como ações pontuais ou emergenciais. Desde o início da gestão, ficou claro que não bastava realizar operações tapa-buracos de forma isolada; era necessário compreender as causas estruturais dos problemas, muitas vezes relacionadas à drenagem inadequada, ao envelhecimento da malha viária e à ausência de manutenção preventiva ao longo dos anos. Nesse sentido, a Prefeitura passou a atuar de forma integrada entre as Secretarias de Obras, Planejamento e Serviços, priorizando intervenções que atacam a origem dos danos. Antes de qualquer recomposição asfáltica, foram intensificados os trabalhos de avaliação de drenagem, limpeza de galerias pluviais, correção de pontos de acúmulo de água e recuperação de guias e sarjetas, que são fundamentais para garantir o escoamento adequado das chuvas. Onde a drenagem era inexistente ou insuficiente, optou-se por executar essa etapa previamente, mesmo que isso significasse mais tempo de obra, justamente para assegurar maior durabilidade ao pavimento. Outro avanço importante foi a reorganização da própria capacidade operacional do município. A recuperação de máquinas, a retomada de caminhões e equipamentos que estavam fora de operação e a chegada de novos veículos permitiram que a Secretaria de Obras tivesse condições reais de resposta, tanto para ações preventivas quanto corretivas. Com isso, tornou-se possível atuar de forma mais rápida nos períodos críticos, reduzindo danos maiores à pavimentação e garantindo mais segurança a motoristas, pedestres e ciclistas. Além disso, a gestão passou a trabalhar com planejamento por regiões da cidade, mapeando trechos mais sensíveis durante as chuvas e estabelecendo prioridades técnicas. Essa metodologia permite que os recursos sejam aplicados com maior eficiência, evitando desperdícios e retrabalhos, sempre com foco na economicidade e no cuidado com o dinheiro público. Ao mesmo tempo, os contratos e serviços passaram a ser acompanhados mais de perto, garantindo qualidade na execução e respeito às normas técnicas. É importante destacar que, mesmo diante das limitações orçamentárias iniciais, a Prefeitura não deixou de investir na manutenção da malha viária. Ao contrário, buscou equilíbrio entre responsabilidade fiscal e atendimento às demandas da população. O resultado desse trabalho já é perceptível em diversas regiões da cidade, onde as intervenções passaram a resistir melhor às chuvas, reduzindo a reincidência de problemas. Portanto, a atuação da Prefeitura na pavimentação urbana durante o período chuvoso está baseada em planejamento, prevenção e integração entre as áreas técnicas. Mais do que resolver problemas imediatos, a administração trabalha para construir uma infraestrutura urbana mais resistente, duradoura e segura, garantindo melhores condições de mobilidade hoje e preservando os investimentos públicos para o futuro.
IMPACTO: A reorganização administrativa já apresenta impactos na gestão? De que forma esse remodelamento deve melhorar o serviço público municipal?
Tiveron: A reorganização administrativa implantada pela atual gestão não é apenas um conjunto de ajustes internos; é uma mudança profunda na forma como o serviço público municipal funciona, com foco na eficiência, na valorização do servidor de carreira, na transparência e na entrega de resultados concretos à população. Desde o início da gestão, priorizamos o ordenamento do quadro funcional e a criação de uma estrutura de gestão que permita que cada servidor esteja alocado conforme sua expertise, sem criar cargos desnecessários, mas sim otimizando o uso dos recursos humanos existentes, algo que somente se alcança com planejamento, diálogo e respeito às leis municipais vigentes. Uma das ações mais significativas dessa transformação institucional foi a implantação do sistema “Sem Papel”, um marco histórico para a Prefeitura de Adamantina, que gerou reconhecimento e Prêmio Regional de Inovação, no Fórum de Cidades Digitais e Inteligente do Oeste Paulista, realizado em Presidente Prudente. A digitalização total dos processos administrativos internos, que agora tramitam de forma eletrônica, não só moderniza a máquina pública como reduz custos com papel, impressão, energia, armazenamento e deslocamentos, gerando uma economia que ultrapassa de 100 mil reais desde a implantação em 2025; ao mesmo tempo em que acelera o atendimento ao cidadão. Com a eliminação de etapas físicas, aumentou significativamente a agilidade na tramitação de documentos, a transparência dos atos administrativos e a rastreabilidade dos processos, permitindo acompanhamento em tempo real tanto pelos servidores quanto pela população. Esta medida também promove um ganho ambiental e contribui com práticas sustentáveis, alinhando Adamantina às mais modernas administrações públicas no país. Ao mesmo tempo, essa reorganização coincidiu com o lançamento e desenvolvimento do Programa Cidade Empreendedora, em parceria com o Sebrae-SP, que investiu quase R$ 1.000.000,00 em conhecimento profissional e administrativo, com uma contrapartida de investimento na ordem de 8% pelo município, algo inédito, até mesmo na região. O programa do SEBRAE foi pensado não apenas para apoiar pequenos e médios empreendimentos, mas também para qualificar servidores e lideranças locais para atuar em um contexto de economia moderna e competitiva. Por meio de oficinas, capacitações em marketing digital, inteligência artificial, gestão financeira, vendas e participação em eventos de empreendedorismo, o programa fortaleceu a cultura de inovação no município, incentivou a geração de empregos e articulou um ambiente de colaboração entre o setor público, o setor privado e a sociedade civil. Essa qualificação continuada dos servidores municipais é um diferencial que se reflete diretamente na qualidade dos serviços públicos. As formações contribuíram para que os servidores estivessem preparados para lidar com as novas demandas trazidas pela digitalização, pela modernização administrativa e pelos desafios de gestão pública contemporânea. Ao investirmos em capacitação, reforçamos a convicção de que servidores bem preparados são fundamentais para administrar com excelência, gerar confiança na população e promover uma cultura de melhoria contínua no setor público. Além disso, a reorganização do modelo de gestão, embasada em um Projeto de Lei aprovado pela Câmara, foi implementada com total respeito à legislação municipal e aos princípios da administração pública, como a eficiência e a economicidade. Esse ajuste permitiu reposicionar funções estratégicas, redefinir competências e valorizar a carreira dos servidores efetivos, sem aumento indiscriminado de cargos comissionados. Como resultado, foram eliminados gargalos administrativos, reduzidos desperdícios, fortalecidos setores essenciais e estabelecidos mecanismos que aprimoram o atendimento à população, sempre com foco na agilidade e na excelência no serviço público. O impacto dessas mudanças já é visível na rotina da Prefeitura. Serviços que antes demandavam longos prazos para tramitação agora fluem com rapidez, a interação com o cidadão está mais eficiente e transparente, e a administração está mais apta a responder às necessidades emergentes, com servidores motivados e equipados com ferramentas que facilitam seu trabalho. A reorganização administrativa combina, portanto, inovação tecnológica, capacitação profissional e gestão racional dos recursos públicos, garantindo que cada ação do governo esteja alinhada com os princípios de responsabilidade, transparência e compromisso com o futuro da cidade. Esse conjunto de iniciativas demonstra que, quando se alinha modernização tecnológica com desenvolvimento humano e reorganização administrativa, os serviços públicos deixam de ser apenas uma obrigação burocrática e se tornam uma plataforma de transformação social e econômica, em benefício direto de toda população de Adamantina.
IMPACTO: Com orçamento próprio e a nova estrutura administrativa, o que a população pode esperar para 2026?
Tiveron: Quando falamos em perspectivas para os próximos anos, é fundamental começar com um princípio básico de responsabilidade pública: a Prefeitura não é uma empresa privada, não opera com lucros ilimitados e não se transforma, de um ano para o outro, em uma potência econômica. O município continua inserido em um contexto fiscal realista, com receitas previsíveis, limites legais rigorosos e um cenário econômico nacional que exige prudência. Por isso, esta gestão mantém os pés firmemente no chão. O que muda, de forma muito clara, é o olhar estratégico sobre o uso dos recursos públicos, a maneira de enxergar passivos históricos e a coragem de buscar soluções modernas, sustentáveis e estruturantes para transformar problemas antigos em oportunidades reais de desenvolvimento. Dentro dessa lógica, três projetos ganham centralidade no planejamento futuro: a reestruturação da Usina de Resíduos da Construção Civil (RCC), a implantação de um Pátio do DETRAN por meio de Parceria Público-Privada e a concepção do Parque Tecnológico de Adamantina. São temas novos para a maioria da população, mas absolutamente estratégicos para o futuro financeiro, ambiental e econômico do município. A Usina de Resíduos da Construção Civil, conhecida como RCC, é um equipamento público destinado ao recebimento, separação e reaproveitamento de entulhos provenientes de obras, reformas e demolições. Durante muitos anos, esse espaço representa um passivo (gastos) para o município: gera custos permanentes, exige manutenção constante e não produz retorno econômico significativo. Esta gestão rompe com essa lógica. O que está sendo buscado agora, em articulação com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, é um novo modelo de operação, baseado em Parceria Público-Privada, capaz de transformar o RCC em um ativo municipal. Na prática, isso significa permitir que o espaço passe a gerar receita (dinheiro), reduzir custos operacionais da Prefeitura, estimular a economia circular, criar empregos e ainda cumprir rigorosamente as exigências ambientais. Trata-se de uma mudança profunda de paradigma: o que antes era visto apenas como despesa passa a ser encarado como oportunidade de sustentabilidade financeira e ambiental. No mesmo eixo de racionalização de gastos e geração de novas receitas, está o projeto de trazer para Adamantina um Pátio do DETRAN, também por meio de Parceria Público-Privada. Hoje, veículos apreendidos em operações de trânsito muitas vezes são encaminhados para municípios distantes, o que gera custos indiretos, perda de arrecadação e menor controle local. A implantação de um pátio no próprio município significa aumento direto de receita, maior eficiência administrativa, geração de empregos e fortalecimento da cadeia de serviços locais. Além disso, esse modelo reduz despesas públicas, pois transfere a operação e a manutenção à iniciativa privada, sempre sob fiscalização rigorosa do poder público. É uma solução moderna, já adotada em diversos municípios paulistas, que alia eficiência, transparência e responsabilidade fiscal. Talvez o projeto mais transformador, e ao mesmo tempo o mais desconhecido pela população, seja o Parque Tecnológico de Adamantina. Não se trata de um empreendimento imobiliário, tampouco de uma promessa abstrata de modernidade. O Parque Tecnológico é um ecossistema de inovação, planejado para integrar educação, tecnologia, pesquisa, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento econômico regional. Adamantina reúne condições raras para isso: exerce centralidade regional, é polo de saúde e educação, possui uma área extensa e qualificada de aproximadamente 200 mil metros quadrados, abriga recursos ambientais valiosos, como para a implantação de lago e áreas de mata para construção de um Jardim Botânico, e tem potencial energético expressivo, inclusive para geração fotovoltaica de grande porte. O Parque Tecnológico foi concebido para ser um espaço onde empresas inovadoras, startups, instituições de ensino, pesquisadores e o poder público possam atuar de forma integrada. Ele cria condições para atração de investimentos, geração de empregos qualificados, retenção de jovens talentos, desenvolvimento de soluções tecnológicas para a agropecuária, saúde, meio ambiente e gestão pública, além de posicionar Adamantina na rota da inovação, da economia do conhecimento e da sustentabilidade. Trata-se de um projeto de longo prazo, estruturante, que não se esgota em um mandato, mas que começa agora, com planejamento sério, base técnica sólida e articulação política responsável. Prova disso é que o projeto já será apresentado ao Senador Astronauta Marcos Pontes, em audiência previamente agendada, buscando apoio institucional e recursos para sua implantação. É importante destacar que nenhuma dessas iniciativas nasce de improviso. Todas estão ancoradas em estudos técnicos, diálogo com órgãos estaduais e federais, análise de viabilidade econômica e respeito absoluto aos princípios da legalidade, da transparência e do interesse público. Esta gestão tem plena consciência de que grandes projetos exigem tempo, maturação e construção de consenso. Por isso, prefere explicar, detalhar e dialogar, em vez de anunciar promessas vazias. Em síntese, as perspectivas para Adamantina não estão baseadas em discursos grandiosos ou projeções irreais. Elas se sustentam em uma visão moderna de gestão pública: reduzir gastos permanentes, diminuir dependência de aluguéis, transformar passivos em ativos, estimular parcerias responsáveis com a iniciativa privada e planejar o desenvolvimento de forma integrada e sustentável. É esse conjunto de ações, pensadas com seriedade e executadas com responsabilidade, que permitirá ao município avançar de maneira segura, contínua e consistente, sempre com respeito à coisa pública e ao cidadão adamantinense.
IMPACTO: Qual sua mensagem de Ano Novo aos adamantinenses?
Tiveron: Chegamos ao fim de mais um ano com o coração cheio de gratidão, responsabilidade e esperança. Adamantina é feita de pessoas, de histórias que se cruzam todos os dias, de famílias que trabalham, sonham, enfrentam dificuldades e seguem acreditando. É por elas, por cada cidadão, sem exceção, que todo esforço realizado ao longo deste ano fez sentido. Sou filho desta terra. Cresci vendo Adamantina se construir no trabalho diário, no comércio aberto cedo, no servidor que cumpre sua função com dedicação, na família que luta para garantir dignidade aos seus. Por isso, cada decisão tomada em 2025 teve um único compromisso: cuidar da cidade com respeito, responsabilidade e visão de futuro, sempre entendendo que tudo o que se faz no poder público precisa, antes de tudo, alcançar as pessoas. Este foi um ano de reconstrução silenciosa e firme. De reorganizar caminhos, corrigir falhas deixadas pelo tempo, proteger o que é essencial e preparar a cidade para avançar com segurança. Nada disso foi feito por uma pessoa apenas. Foi construído por uma equipe inteira, Secretários, Diretores, Coordenadores, Servidores públicos de carreira, que acreditou, trabalhou, muitas vezes longe dos holofotes, e colocou Adamantina novamente em movimento. A todos, minha profunda gratidão. Esse trabalho também só é possível com o apoio das famílias, dos amigos e de cada cidadão que acredita que a cidade pode sempre ser melhor. Ao entrarmos em um novo ano, seguimos com os pés no chão e o olhar adiante. Sabemos que os desafios continuam, que os recursos são limitados e que a responsabilidade é grande. Mas também sabemos que quando há planejamento, cuidado com o dinheiro público, transparência e compromisso coletivo, os resultados aparecem e chegam onde realmente importam: na vida das pessoas. Que 2026 seja um ano de mais união, mais diálogo e mais humanidade. Que ninguém se sinta invisível. Que os mais vulneráveis sejam sempre lembrados, protegidos e acolhidos, porque quando cuidamos de quem mais precisa, toda a cidade cresce junto. Não existe ação pública isolada: tudo o que se constrói para Adamantina se espalha, alcança bairros, famílias, trabalhadores, jovens e idosos. Neste tempo de Natal e de renovação, desejo que cada lar seja preenchido por paz, esperança e coragem. Que possamos deixar para trás o que divide e fortalecer tudo aquilo que une. Que Adamantina siga avançando, com serenidade, trabalho e respeito, construindo um futuro sólido para as próximas gerações. Essa é a palavra do Prefeito, mas também é a palavra de toda uma equipe que acredita nesta cidade e trabalha todos os dias por ela. Adamantina é nossa casa. E cuidar dela é um compromisso que se renova a cada novo amanhecer. Que o próximo ano seja de luz, dignidade e novos caminhos para todos.








