
Casos envolvendo maus-tratos, abandono, violência física e falta de alimentação adequada, têm sido frequentes em Adamantina.
Segundo levantamento da Polícia Civil, através do Necrim (Núcleo Especial Criminal), do início do ano até o momento, 14 denúncias foram registradas. A grande maioria feitas de forma anônima.
De acordo com a delegada Laiza Fernanda Rigatto Andrade, as principais as principais ocorrências registradas na cidade e envolvem o próprio dono do animal.
“Prática de abandono, em especial cães (doentes ou ainda filhotes), animais amarrados que não recebem água e alimentação, ficando dias sozinhos. Além disso, há outro tipo de crime bastante cruel geralmente é praticado por alguém que se incomoda com o animal: o envenenamento. Um tipo de crime que na maioria das vezes ocasiona a morte do animal”, explica.
Mesmo só recebendo e encaminhando as denúncias para os setores competentes, a veterinária da prefeitura, Thalita Luciano Rufatto, informou que o Departamento de Controle de Vetores recebe diariamente denúncias de moradores.
“Na maioria são denuncias de abandono, na maioria das vezes causada por ninhadas (vítima de uma cria indesejada); mudança de endereço (quando o dono deixa o animal na antiga residência) ou abandona por estar doente”, relata.

Crimes
Na semana passada, por exemplo, três filhotes de cães foram abandonados defronte ao Departamento de Controle de Vetores. O autor do abandono, ainda deixou uma carta solicitando que os filhotes fossem bem tratados por quem os adotassem. Os cãezinhos foram acolhidos pelos funcionários e dois deles já foram adotados.
Outros dois casos de abandono foram denunciados nas Redes Sociais. No sábado (5), o empresário Pedro Pozetti recolheu uma cadela doente que havia sido abandonada nas proximidades do bairro Córrego Tocantins, área rural. O animal tinha um tumor na barriga e estava estado de decomposição. Segundo o empresário, a cadela foi encaminhada para cuidados de um veterinário e está em tratamento.
Na segunda-feira (7), um internauta também denunciou outro caso de abandono a animais nas Redes Sociais. Desta vez, a vítima foi um filhote de gato. Na postagem, disse que prestou os primeiros cuidados, mas não tinha condições de ficar com o animal.
Punição
Segundo Dra. Laiza, “estes tipos de crime são considerados de menor potencial ofensivo. Mas caso o autor seja identificado, ele assinará um TC (Termo Circunstanciado). A delegada disse ao IMPACTO que o artigo 32 da Lei 9605/98 prevê pena de detenção de três meses a um ano de reclusão e multa. No caso de morte do animal, a pena é aumentada de um sexto a um terço.
Denúncias
Para a delegada, é muito importante que a população trabalhe em parceria com a polícia e denuncie situações de abandono e maus-tratos para que o responsável pelo animal seja encontrado.
“Verificou que o animal está sofrendo maus-tratos, está doente, não está recebendo abrigo adequado, alimentação adequada, está com falta de água, pode acionar a Polícia Militar através do 190 ou em qualquer delegacia de Polícia Civil através do 197 que o crime será verificado. Independentemente do órgão que recebeu a denúncia, todos serão investigadas pelo Necrim”, explica.
Ainda segundo a Dra. Laiza, o Ministério Público, Polícia Ambiental e Associação Apelos e Patas são parceiras da Policia Civil.