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Adamantina
quarta-feira, 20 agosto, 2025

Por 5 votos a 4, Câmara rejeita projeto que autorizaria desmembramento de terrenos de 125 m²

O Projeto de Lei Complementar nº 009/17 foi rejeitado por cinco votos a quatro pelos vereadores na segunda-feira (3)

A semana foi marcada pelo debate da proposta do vereador Alcio Ikeda (PTN) que visava autorizar o desmembramento de lotes em 125 m² e mínimo de 8 metros de frente. O Projeto de Lei Complementar nº 009/17 foi rejeitado por cinco votos a quatro pela Câmara Municipal na segunda-feira (3).

O resultado da polêmica votação foi discutido por toda Adamantina, principalmente nas redes sociais, em que favoráveis e contrários à decisão se posicionaram. Na sessão ordinária, o debate sobre o assunto também foi acalorado, durando quase 1h, sendo que a votação teve que ser desempatada pelo presidente do Legislativo, Eduardo Fiorillo (DEM).

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Favoráveis

Segundo o autor da proposta, a mudança no Plano Diretor visava trazer de volta as condições que existiam até o final do ano passado, permitindo o desmembramento em bairros antigos de terrenos de esquina.

Autor do projeto, vereador Alcio Ikeda (PTN)
Autor do projeto, vereador Alcio Ikeda (PTN)

“O projeto visava ajudar os menos favorecidos, trazer de volta uma condição que beneficiava o mais simples. Essa situação perdurou por quase 10 anos, onde em 2.007, um projeto idêntico ao rejeitado na segunda, foi proposto pelos vereadores Celso Mastellini, Amaro Silvestre e pela própria Dinha, sendo aprovado na época pela Câmara e sancionado pelo prefeito Kiko Micheloni”, justificou Alcio.

Ainda, segundo o parlamentar, a construção em lote menor, por exemplo, permitia maior aproveitamento dos financiamentos do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. “Essa condição foi retirada no final do ano passado e o projeto que foi rejeitado visava trazê-la de volta. Enfim, apesar de aceitar pacificamente e respeitar a opinião de cada edil, não concordo com a rejeição, pois dessa forma, foi definitivamente retirada uma condição da população mais simples”, afirmou.

Além de Alcio, foram favoráveis ao projeto os vereadores Paulo Cervelheira (PV), João Davoli (PV) e Acácio Rocha (DEM).

Contrários

Os votos contrários foram de Aguinaldo Galvão (DEM), Maria de Lourdes Santos Gil, a Dinha (DEM), Éder Ruete (DEM), Hélio José dos Santos (PR) e do presidente Eduardo Fiorillo.

A decisão dos parlamentares foi embasada em pareceres técnicos, como da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Nova Alta Paulista e da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Estado de São Paulo), que permite a construção de residências apenas em terreno de no mínimo 200 m².

As justificativas utilizadas pelos vereadores foram o possível favorecimento para especulação imobiliária, sobrecarregamento das redes de água, esgoto e elétrica, recomendação urbanística a respeito do tamanho ideal das casas e respeito às audiências públicas realizada no ano passado referente ao Plano Diretor.

“Não somos detentores de todo conhecimento, assim, analisando os pareceres do Crea e tendo conhecimento de que a CDHU não libera a construção de moradias em terrenos menores de 200 m², foram predominantes para termos uma opinião contrária ao desmembramento proposto. São eles que detêm o conhecimento técnico. Inclusive, quando citado o caráter social do projeto, em que o objetivo é facilitar a compra de terrenos do ‘Minha Casa, Minha Vida’, ainda existe a possibilidade. Essa possibilidade tem que constar na Lei de Zoneamento Urbano, não no Plano Diretor. Exemplo é Presidente Prudente, que possibilita a construção de moradias de caráter social em no mínimo 160 m² na Lei de Zoneamento”, explica Éder Ruete.

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